sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Estrada de Ferro Leopoldina

A Estrada de Ferro Leopoldina surgiu com a construção de um trecho de ferrovia que ligava Além Paraíba a Leopoldina, no estado de Minas Gerais. A construção ficou a cargo do Engenheiro Antônio Paulo de Mello Barreto e a inauguração do primeiro segmento, de 27 km, deu-se em 8 de outubro de 1874, quando foram abertas ao tráfego as estações de São José, Pântano e Volta Grande, contando com a presença do imperador D. Pedro II e diversas autoridades. Ainda em 1874 foram concluídas as estações de São Luís e Providência, e só em julho de 1877 o trajeto foi completado, com a inauguração das estações de Cataguases (antiga Santa Rita de Meia Pataca) e Leopoldina, perfazendo um total de 120 km. A ferrovia desenvolvia um tráfego bastante intenso de mercadorias, com predominância do café e de passageiros.

Em agosto de 1887 a Leopoldina atingiu o território fluminense, ao adquirir a Estrada de Ferro Cantagalo, que ligava o ramal de Porto das Caixas a Macaé. Em Minas Gerais a estrada já estava bastante ramificada. Em 1890 a Leopoldina incorporou várias linhas localizadas no Rio de Janeiro e Espírito Santo ampliando, assim, seus serviços nas duas províncias. Foram os seguintes os trechos acrescentados: linha tronco de Araruama, Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará, Estrada de Ferro do Norte, Estrada de Ferro Central de Macaé, ramal de Imbetiba a Campos, ramal de Campos a São Sebastião, Santo Antônio de Pádua, Estrada de Ferro Cantagalo e trecho de Santo Eduardo a Cachoeiro do Itapemirim.

Com a abertura ao tráfego, em agosto de 1891, da linha de Campos a São Fidelis e a inauguração do prolongamento de Barão de Araruama a Ventania (depois Trajano de Morais) e do ramal de Paraoquena a Cisneiros, a extensão das linhas da Companhia Estrada de Ferro Leopoldina atingiu, ainda naquele ano, cerca de 2.127,582 km assim distribuídos: 844,117 km em Minas Gerais; 1.246,465 km no Rio de Janeiro; e 37 km no Espírito Santo.

A situação financeira da companhia, porém, começou a piorar por volta de 1890 e por isso o governo imperial optou, então, por socorrê-la com um empréstimo externo que possibilitasse a sua reorganização. Em 3 de abril de 1897 foi aprovada a sua liquidação e, de acordo com uma proposta dos credores ingleses, foi organizada em Londres uma sociedade anônima para continuar a exploração da sua malha, passando a denominar-se The Leopoldina Railway Company Limited., cuja sigla LR tornou-se bastante conhecida.

A situação das instalações e infra-estrutura das linhas recebidas pela Leopoldina Railway era bastante precária, obrigando a companhia a disponibilizar uma soma razoável para viabilizar seu funcionamento e também para ampliar a malha. Assim, com a reforma das estações, da via permanente e do material rodante, somada à reorganização de seus serviços, à construção de novos trechos e um acordo com a Central do Brasil que permitia vantagens recíprocas, a Leopoldina Railway passou a apresentar novo desempenho, melhorando sua situação econômica.

Além das melhorias, várias obras de prolongamentos foram realizadas. Uma das principais obras empreendidas pela Leopoldina Railway foi o prolongamento da linha de Itapemirim até a cidade de Vitória, uma reivindicação do governo estadual. Para tanto, em 20 de junho de 1907, a companhia adquiriu do governo federal a Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo, promovendo, então, as melhorias e os prolongamentos necessários para estabelecer a ligação de Vitória com a capital federal e com o estado de Minas Gerais.

Foram construídos 81 km de Matilde a Muniz Freire, com um custo relativamente elevado devido às condições difíceis e acidentadas do terreno. Por volta de 1931, a rede da Leopoldina Raiway partia do Distrito Federal e passava pelos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e de Minas Gerais.

O declínio comercial do transporte ferroviário, tal ocorreu com outras estradas de ferro, também afetou a Leopoldina e sua capacidade de tráfego foi bastante reduzida. Em 20 de dezembro de 1950, para solucionar a crise, o governo federal encampou a ferrovia passando a adotar seu nome original de Estrada de Ferro Leopoldina. Nessa mesma década a Leopoldina recebeu da Central do Brasil diversos trechos, destacando-se a Estrada de Ferro Maricá, na ligação entre Neves (em Niterói) e Cabo Frio (RJ) e a ligação entre Magé e Teresópolis. Na década seguinte, recebeu um trecho da Linha Auxiliar, entre Japeri e Três Rios, provavelmente em substituição à linha de Petrópolis, erradicada na mesma época. Vale destacar que, entre as décadas de 1960 e 1970, no período da Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA), foram erradicados diversos ramais da Leopoldina.

Com a criação da RFFSA em 1957, a Estrada de Ferro Leopoldina foi nela incluída, passando em 1969 a ser conhecida como 7ª Divisão Leopoldina. Na década de 1970 foi incorporada à Superintendência Regional Rio de Janeiro-SR3, como Superintendência de Produção Campos-SP3.2. Posteriormente foi transformada em Superintendência Regional Campos-SR8, permanecendo como tal até 1996, quando, dentro do programa de desestatização da RFFSA, iniciou-se a concessão da malha Centro-Leste, que incluía as linhas da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, para a Ferrovia Atlântica.

Em janeiro de 2010 a Serra Verde Express colocou em atividade o Trem das Montanhas Capixabas, que passa pelas cidades de Viana, Domingos Martins e Marechal Floriano. A litorina, com capacidade para até 56 passageiros, circula todos os fins de semana e feriados, em dois horários, em trajetos de ida e volta. O trajeto oferece inúmeros atrativos, desde a paisagem, passando pela história e cultura, até práticas de ecoturismo e esportes radicais.

O pequeno trecho ferroviário que integra a malha Centro-Leste - sob concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) – se eleva, a partir de Viana, de uma altitude de 15 metros acima do nível do mar até 530 metros em aclive brusco ao chegar em seu ponto final, estação de Araguaia, em Marechal Floriano. A trajetória oferece paisagens de tirar o fôlego, entre pontes, túneis, abismos e cachoeiras que brotam do trecho de Mata Atlântica autêntico que ainda reveste a Serra do Mar.
Fonte: www.serraverdeexpress.com.br/

6 comentários:

Luiz Rocha Pinto disse...

Gostei muito do artigo, pois sou ferroviário da extinta EFL,onde aposentei,por tempo de serviço no mês de junho de 1988.
Comude ver, você é é um profundo
conhecedor do assunto. Minhas felicitações.
Preciso da sua ajuda, se possível, gostaria de saber quanto recebia um
Agente Administrativo,após Plano Cruzado. Luiz Rocha Pinto - e-mail:
lucarpins@hotmail.com

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