sábado, 26 de maio de 2012

Tupi Foot Ball Club – 26/05/1912

Centenário
A Empresa Brasileira de Correios e Telegráfos (EBCT) lança neste sábado, 26/05, um selo comemorativo do Centenário Carijó. Será às 10h, na sede social do Clube (Rua Calil Ahouagi, 332, Centro), logo após a Celebração religiosa, a cargo do padre Sérgio Luís e Silva, da Paróquia Nossa Senhora da Glória. Os dois eventos dão início às comemorações pelos 100 anos de fundação do Tupi.
Fonte: www.tupijf.com.br/


“Centenário Carijó - Ser Tupi nos basta”
Por Ailton Alves*

Quando nós, os Carijós, saímos dizendo por ai – no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, nos botecos, nos recantos de Santa Terezinha - que o branco é mais vivo que o vermelho do Tupynambás, e que o preto é mais belo que o verde do Sport não queremos fazer troça dos rivais (que, infelizmente, não existem a esse ponto: de ser nossos rivais). Dizemos, fazemos essa ode ao preto e ao branco, porque isso nos basta.

Quando nós, os Carijós, desembestamos a escrever que as nossas glórias mais recentes se resumem aos títulos de campeão mineiro da Segunda Divisão (2001), vice-campeão da Segundona Mineira (2006), Campeão da Taça Minas (2008) e Campeão Brasileiro da Série D (2011) não queremos, de fato, superestimar conquistas que ninguém superestima. Escrevemos, fazemos esse muito caso de torneios considerados pequenos, porque isso nos basta.

Quando nós, os Carijós, propagamos a todos os pulmões que é mil vezes melhor acompanhar Tupi x Nacional de Nova Serrana, ao vivo no estádio, pela terceira rodada do campeonato, do que assistir pela TV a decisão da Copa do Mundo entre Brasil e Argentina não queremos, realmente, parecer diferentes. Propagamos, escancaramos as nossas preferências em relação ao jogo da bola, porque isso nos basta.

Nós, os Carijós, no entanto, não saímos dizendo por ai – no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, nos botecos, nos recantos de Santa Terezinha - que o Tupi é a nossa vida. Isso é coisa para amadores: botafoguenses, flamenguistas, tricolores vascaínos e afins. O Galo faz parte da nossa vida – é diferente e isso nos basta.

Então não ficamos, nós os Carijós, por ai, aflitos, a cada início de temporada, folheando os jornais de esporte, para ver quem comprou quem, quem emprestou quem e que “craque” está sendo visado pela diretoria. Não fazemos nada disso. Sabemos que qualquer jogador que vier, que ficar, que voltar, vestirá a camisa Carijó – e isso nos basta.

Não ficamos, nós os Carijós, tampouco preocupados com tabela e regulamento de campeonato: tantos jogos em casa, outros fora; é campeão quem somar o maior número de pontos... .Nada disso. Importa é que o Tupi vai jogar – e isso nos basta.

E não, não mesmo, nós, os Carijós, ficamos naquele muro de lamentações maior que o de Jerusalém quando o time é prejudicado pela arbitragem. O que é arbitragem? O Tupi é quem manda e desmanda no jogo – e isso nos basta.

Não sofremos, nós os Carijós, desse temor humano de cair de divisão, ser derrotado no Mineirão. Nada disso. Qualquer patente do futebol estadual e nacional nos enaltece. Atuar contra os da capital, eterno candidato a David diante de Golias é o que nos basta.

Por fim, não choramos, nós, os Carijós, por derrotas, empates ou vitórias. Isso – repito – é coisa de amadores. Lamentamos, sim, muito, é quando o Tupi não joga. Se o Galo entra em campo, agita a bandeira, ouvimos o foguetório e o hino (aquele que fala de uma “repentina explosão”), a bola rola, o nosso ataque investe contra a meta inimiga, o nosso meio de campo articula as jogadas, a nossa defesa rebate as intromissões rivais...Bem, isso, definitivamente, nos basta.
*Ailton Alves é jornalista e escritor

Um comentário:

Carlos Ferreira disse...

2012 o ano do CENTENÁRIO do Tupi (de Juiz de Fora-MG), América (de Belo Horizonte-MG), Santos (de Pelé e cia) e outros clubes importantes do futebol brasileiro.