Nobel da Paz

Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange

O brasileiro João Havelange será indicado ao prêmio Nobel da Paz deste ano, em iniciativa da Academia Brasileira de Filosofia (ABF).

Credenciada oficialmente pela Fundação Nobel para sugerir nomes do país na disputa de literatura, a ABF prepara a indicação de Havelange, apoiada no argumento de que o dirigente, que completa 96 anos em 2012, promoveu a paz através da difusão do futebol como negócio gerador de empregos e justiça social.

Presidente da academia abrigada no Rio de Janeiro, João Ricardo Moderno já preparou a carta oficial destinada ao braço norueguês da Fundação Nobel, responsável por organizar o prêmio da Paz. A indicação brasileira será encaminhada já nos próximos dias, antes do prazo limite para inscrições, que expira em 1º de fevereiro.

Na carta endereçada ao comitê norueguês da Fundação Nobel, João Ricardo Moderno discorre sobre o legado Havelange na presidência da Fifa, entre 1974 e 1998, em argumento que a administração do brasileiro gerou mais de 250 milhões de empregos diretos no universo do futebol, em várias esferas. "Renda é paz social, emprego é paz social", destaca. Se não for aprovada para 2012, a indicação fica na fila para os anos seguintes.

A ideia da indicação ao Nobel da Paz surgiu em 2010, quando João Havelange foi nomeado doutor honoris causa da Academia Brasileira de Filosofia.

João Havelange (Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange), nasceu no Rio de Janeiro em 08 de maio de 1916.

- Foi presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), de 1956 a 1974, hoje CBF, e que congregava, na época, 24 esportes e não somente o futebol

- Presidiu a Fifa (Federaçlão Internacional de Futebol Associado), de 1974 a 1998. Organizou seis Copas do Mundo, visitou 186 países e trouxe a China, desligada por mais de 25 anos por motivos políticos, de volta à entidade

- Atuou nos bastidores políticos do COI (Comitê Olímppico Internacional) no lobby pelos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.