Os Confins da Glória
por Ailton Alves*
O Tupi Futebol Clube atingiu na tarde deste domingo (20/novembro), vésperas de seu centenário, os Confins da Glória, ao conquistar o título de Campeão Brasileiro da Série D, batendo o Santa Cruz (PE) em Recife, por 2 a 0 (gols de Allan e Henrique). Os Carijós perseguiam este reconhecimento, esse triunfo histórico desde sempre. Foram o terror dos adversários no semiprofissionalismo, foram os “Fantasmas do Mineirão” na década de 60, foram campeões da Segunda Divisão Mineira em 2001; foram campeões da Taça Minas em 2008, e agora, com uma nova geração de jogadores, são simplesmente campeões brasileiros.
E foi um título, uma Glória, em capítulos. A começar da campanha, desde a vitória em Itumbiara (GO), em julho, até a primeira partida das finais, no último domingo, em casa (vitória sobre o mesmo Santa Cruz), quando os juiz-foranos abraçaram o time.
E neste dia de novembro do Ano da Graça de 2011, os capítulos foram escritos de forma nervosa, como convém a uma decisão: no voo do goleiro Rodrigo socando a bola, aos 17 minutos – como se dissesse ao ataque adversário: “aqui nada passará”; nos desarmes perfeitos de Wesley Ladeira e Silvio, como se dissessem aos próprios companheiros: “vamos resistir”; e nos apoios dos laterais, o valente Marquinhos, (depois Adalberto) e o clássico Augusto; e na garra dos volantes Assis e Marcel, dois leões; e na maestria de Luciano Ratinho (depois Vitinho) e na versatilidade de Michel; no faro dos atacantes Allan *Xodó da Galera” e Ademilson (herói maior, artilheiro e ídolo do time), e claro na estrela de Henrique, que entrou na metade do segundo tempo e cruzou a bola para Allan inaugurar o placar, aos 35 minutos, e, aos 37, ele mesmo estufou as redes, sacramentando o título, e calando o lotado Estádio do Arruda.
E foi também um título dos ditos “reservas”. Mas como chamar de “reserva” Felipe Cordeiro, Denilson, Cassiano (autor do primeiro gol do Galo no torneio), Dennis, o caçula do elenco (autor de um gol decisivo na fase de classificação) e Chrys (idem, duas vezes, contra Gama e Volta Redonda), Jefferson, Francis, Nando. E também até de quem não teve oportunidade de jogar, como Douglas Borges, Lucas Silva, Alisson e Neguete.
E foi um título da Comissão Técnica, capitaneada pelo treinador Ricardo Drubscky – o homem que acreditou desde o início, deu consistência tática, padrão de jogo e principalmente confiança aos seus atletas.
A Campanha Carijó: 33 pontos (16 jogos, dez vitórias, três empates e três derrotas - 29 gols a favor e 15 contra), com a seguinte campanha:
Itumbiara-GO (3 x 1 e 1 x 0),
Tocantinópolis-TO (0 x 0 e 0 x 3),
Gama-DF (1 x 1 e 1 x 0),
Anapolina-GO (3 x 1, 1 x 2, 4 x 1 e 2 x 2),
Volta Redonda (0 x 1 e 4 x 2) ,
Oeste (3 x 0 e 3 x 1),
Santa Cruz (1 x 0 e 2 x 0).
Os artilheiros do Galo: Ademilson (8 gols), Luciano Ratinho (4), Vitinho e Henrique (3), Allan, Chrys e Augusto (dois cada), Cassiano, Dennis, Wesley Ladeira, Marcel e Marquinhos.
*Ailton Alves é assessor de imprensa do Tupi
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