terça-feira, 29 de novembro de 2011

Transporte Ferroviário

País tem mais de dez polos da indústria ferroviária

Três Rios (RJ), Contagem (MG), Sete Lagoas (MG) estão entre as cidades onde a indústria ferroviária ganha corpo

A retomada dos investimentos da indústria ferroviária no Brasil está fazendo pipocar pelo país uma série de pequenos polos de produção de trens, implementos ferroviários e peças. A maior parte deles se encontra nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Mas há iniciativas em cidades improváveis como Barbalha (CE) e Salgueiro (PE).

A cidade fluminense de Três Rios, por exemplo, é sede da TTrans, da EIF e da Pifer. A primeira faz desde sistemas para a venda eletrônica de bilhetes em estações até a reforma e construção trens urbanos e VLTs – como são chamados os bondes modernos. A EIF fabrica e faz a manutenção em locomotivas e a Pifer é especializada em projetar e fabricar interiores.

Trata-se de uma das cidades mais agressivas na atração de investimentos do setor. Lá, a alíquota de ICMS cobrada das empresas é zero. E a prefeitura oferece uma série de outros incentivos para atrair indústrias de todos os tipos, como isenção de IPTU por 25 anos.

Além de Três Rios, o Rio de Janeiro tem na periferia da capital a MPE, que recentemente fechou parceria com a malaia Scomi para produzir trens monotrilho. É uma sociedade que nasce com contratos assinados com São Paulo (SP) e Manaus (AM).

Minas Gerais concentra as duas maiores fabricantes de locomotivas diesel elétricas do país. A GE, em Contagem, foi ampliada neste ano e já tem a casa cheia de pedidos até 2014. Sua principal concorrente no Brasil, a MGE-Progress Rail, divisão da americana Caterpillar para o setor ferroviário, anunciou recentemente que vais se instalar em Sete Lagoas.

Há ainda a Usiminas Mecânica, que fabrica vagões de carga e truques (o equivalente ao chassi dos carros) em Ipatinga, distante 200 quilômetros da capital, Belo Horizonte, em direção ao Nordeste do estado.

O interior de São Paulo também é prodígio em exemplos. Araraquara tem a IESA, que constrói estações de trem, contornos ferroviários e moderniza e reforma trens elétricos. Cabreúva, no centro do triângulo formado por Sorocaba, Campinas e Osasco, abriga a Siemens. Hortolândia tem Bombardier, CAF, MGE, Hewitt e AmstedMaxion, que é dona ainda de uma fundição e fábrica de componentes em Cruzeiro. A Alstom está instalada no bairro da Lapa, na capital.

No Rio Grande do Sul, Caxias do Sul é a sede da Randon, que fabrica vagões de carga, e da Euroar, de sistemas de ar-condicionado para trens e outros veículos coletivos, como ônibus e vans.

Por fim, no Nordeste, se destacam Barbalha (CE) e Salgueiro (PE). Barbalha é sede da fabricante de VLTs brasileira Bom Sinal, responsável pela construção do metrô do Cariri, e que vem sendo assediada pela alemã Vossloh. Entroncamento da estrada de ferro Transnordestina, Salgueiro foi escolhida pela Odebrecht para a construção da maior fábrica de dormentes do mundo e de um estaleiro para soldagem de trilhos.

Mantendo-se o ritmo atual de expansão do setor, é possível que mais esteja por vir.
Fonte: http://www.ig.com.br/

Um comentário:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Carlos Ferreira

Que ótimo sabermos do renascer da indústria do material e equipamento ferroviário no Brasil, que chegou a produzir os trens de alta e última tecnologia aos metros de SP e do Rio e que se extinguiu devido a flata de pedidos, monopólio quase total dos governos federais e estaduais.

Ela nasceu praticamente dentro das próprias ferrovias, que diante da impossibilidade de importação durante a II Guerra Mundial, passou a fabricar veículos em suas próprias oficianas, mesmo sem dispor de investimentos para isto. Foi com reconstuir um veículo com verba de custeio, do qual só se aproveitava o número.

Isto propricionou o surgimento de fabricantes particulares, dentro das próprias instalções da ferrovia, chegando-se a um invejável parque industrial, capa de atender todas as nossas demandas, inclusive metro, TLV e locomotivas, com muita qualidade.

Estava altamente capacitada, principalmente em excelente corpo técnico. COBRASMA, MAFERSA, FNV, GE, EMAQ, PIDNER etc.

Gostariamos saber onde foi parar tudo isto?

Estaremos restransmitindo esta matéria.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.