domingo, 9 de outubro de 2011

Copacabana Palace

Um oásis luxuoso em meio à cidade:
Assim pode ser definido o imponente hotel Copacabana Palace, cartão postal do Rio de Janeiro e que foi constrúído entre 1919 e 1923. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ele ocupa, em sua majestade, uma área de mais de 12 mil metros quadrados na praia de Copacabana. São 243 quartos, piscina semiolímpica, doze salões famosos pelos bailes de Carnaval e festas de fim de ano, boutique, restaurantes, bares, spa, salão de beleza, academia de ginástica e quadra de tênis.

Inspiração internacional.
Fundado por Octávio Guinle e Francisco Castro Silva em 1923, por sugestão do então presidente da república Epitácio Pessoa (1919-1922), o Copacabana Palace foi projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire nos moldes dos hotéis Negresco e Carlton, concorrentes da Riviera Francesa. Um holofote naval instalado no terraço do hotel saudava, em código Morse, os navios que se aproximavam do porto do Rio.

Renascido das cinzas.
Há 20 anos, o Copa, que quase afundou em meio à decadência, precisou de uma injeção de 90 milhões de dólares para voltar a ter o brilho do passado. Todos os anos, 04% de seu faturamento são reinvestidos na manutenção do prédio de quase 90 anos. Hoje, o hotel está entre os três melhores empreendimentos do grupo Orient-Express, que comanda 50 negócios no ramo ferroviário, náutico, hoteleiro e de gastronomia.

Mármore, ouro e afrescos.
Escadarias de mármore de Carrara, elevadores e corrimãos com metais dourados cuidadosamente polidos, cortinas e móveis clássicos, tapeçarias importadas, lustres de cristal e afrescos assinados pela francesa Dominique Jardy são alguns dos requintes do Copa. A decoração clássica de 1923, ano de inauguração do hotel, foi preservada até hoje pelo francês Michel Jouannet, arquiteto da casa.

Hóspedes célebres.
Pelo Copacabana Palace já passaram ícones como Princesa Diana, Príncipe Charles, Nelson Mandela, Walt Disney, Santos Dumont, Lenny Kravitz, Mick Jagger, Catherine Zeta-Jones e a topmodel Gisele Bündchen. As assinaturas de todos os ilustres estão no Livro de Ouro do hotel.

Festa carnavalesca.
Tradicionalmente realizado no sábado de Carnaval, o Baile do Copa teve sua primeira edição em 1924. Em 73, a direção resolveu suspender a festa, que só foi retomada em 1993, quando vislumbraram a oportunidade de recriar um luxuoso baile de Carnaval. O evento remete, até hoje, às grandes folias de gala dos primeiros anos do Copacabana Palace. No deste ano, foram servidos 400 quilos de camarão, 2000 ostras, 300 quilos de cavaquinha e 15000 peças de sushi e sashimi.

Piscina semiolímpica.
De Carmen Miranda a Rod Stewart, muitos já aproveitaram a brisa agradável do Rio em volta da piscina de 12 metros de largura por 25 de comprimento, com capacidade para 360 000 litros e aquecida no inverno. Em 1942, a famosa nadadora Maria Lenk, precursora da natação feminina no Brasil, instalou a primeira escolinha de natação do país, para crianças, na piscina do Copa.

Cúpula de ouro.
Primeira casa de espetáculos da América Latina, o Golden Room foi inaugurado na década de 30 com 540 metros quadrados . O nome veio da cúpula dourada que compõe a parte central do teto. Restaurada há dois anos, ela recebeu folhas de ouro finíssimas, de 22 quilates. Pelo palco do salão já passaram artistas consagrados como Dionne Warwik, Josephine Baker, Ella Fitzgerald, Marlene Dietrich, Ray Charles e Nat King Cole. O tapete pode ser removido, revelando uma pista de dança com chão iluminado.

Cenário de filme.
O Salão Nobre, de 358 metros quadrados , fica ao lado do Golden Room e pode ser interligado a ele formando um ambiente ideal para recepções de casamento e eventos corporativos. Nele foi rodado o filme Copacabana, em 2001, pela diretora brasileira Carla Camurati. Em 1933, o hotel já tinha sido reproduzido em Hollywood para o filme Flying Down To Rio, marco cinematográfico em que Fred Astaire e Ginger Rogers dançaram juntos pela primeira vez.

As suítes do sexto andar.
Localizadas no prédio principal, elas são as mais luxuosas do hotel, exatamente onde as celebridades costumam se hospedar. Ao todo são sete. Cada suíte mede aproximadamente 100 metros quadrados, tem varanda privativa e pode ser conectada a outra formando um espaço ainda maior. Para ter acesso ao sexto andar do prédio principal é preciso usar uma chave especial no elevador ou na escada, entregue ao hóspede durante o check-in.

Meu hotel, minha casa.
Em uma das suítes do sexto andar morou Dona Mariazinha Guinle, a grande dama da hotelaria brasileira. Ela se mudou para o hotel após o casamento com Octávio Guinle, fundador do Copacabana Palace. Os dois moraram no que seria hoje a suíte 601, de frente para a praia. Mais tarde, em 1989, Dona Mariazinha vendeu o hotel para o grupo Orient-Express.

O amor está no ar.
O Copacabana Palace é o hotel que mais recebe casais em noite de núpcias no Rio, quiçá no Brasil. São 15 recém-casados por fim de semana.

Ao seu dispor.
O hotel tem um time de 520 funcionários – 2,4 para atender cada quarto –, o dobro da média dos cinco-estrelas. Não à toa. Em 2010, o hotel recebeu 90 mil hóspedes.

O preço do luxo.
Em baixa temporada, o valor da diária de uma suíte neste pavimento é de 4525 reais (taxas de serviço e adicionais à parte). A hospedagem dá direito a serviço de mordomo para fazer e desfazer as malas, por exemplo.

Tesouro secreto.
O primeiro Livro de Ouro, original, está guardado no próprio Copa. Pouquíssimos, no entanto, sabem onde ele fica escondido.

Em 2012, o Copacabana Palace vai fechar. No ano que vem, em meados de junho ou julho, o hotel irá fechar seu prédio principal para a reforma estrutural de todos os apartamentos. A previsão de reabertura é para outubro de 2012.
Colaboração: Glauco Fassheber

2 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Carlos Ferreira

Encantadora matéria.

Uma joia carioca, que a presevação mostra o quanto pode.

Quem dirá este quase por ser demolido, para dar lugar a mais um empreendimento imobiliário com moderníssimo centro comercial etc.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

Anônimo disse...

Quanto luxo há nos hotéis em copacabana!
Eu fui uma vez a esse para uma festa de casamento e gostei muito, mas não iria de férias porque é um pouco caro para mim.