terça-feira, 4 de outubro de 2011

As eleições municipais e os trens

por Rogério Centofanti*
Com a proximidade das eleições municipais, despontam os pré-candidatos dos diversos partidos políticos. Mesmo na qualidade de “pré”, entretanto, já iniciam os discursos.

Interessante, em São Paulo, é acompanhar essa movimentação na capital, e nas ricas cidades que compõem a Região Metropolitana.

Em 2012, transporte e trânsito serão temas centrais, motivo ainda maior para acompanhar as “tendências”.

Sem citar o nome de um desses pré-candidatos a prefeito de São Paulo, o importante foi identificar a armadilha contida no seu pré-discurso. Reclama da falta de metrô para cá e para lá.

Em resumo: vai sugerir a extensão do metrô para todos os bairros pelos quais passar com sua futura campanha.

Esse pré-candidato não será o único a fazer parte desse expediente. Vai fazer escola, e a disputa entre eles ficará por conta da maior malha “imaginária” do metrô. Não é de duvidar que prefeitos das cidades ricas da Região Metropolitano abracem o mesmo mote.

Interessante, de fato, não fosse um detalhe: já começam a dizer o que pretendem fazer, mas com dinheiro e empresas que pertencem ao governo do Estado, e não dos municípios.

Estamos diante de uma oportunidade única: saber desses pré-candidatos e de seus respectivos partidos o quanto dos recursos públicos de seus municípios pretendem investir no transporte de pessoas sobre trilhos.

Vamos ver se aparecerá candidato ou partido dizendo o que pretende fazer com os recursos do município, no lugar de apontar soluções que estão completamente fora de sua esfera de governabilidade.

Para quem acredita no transporte de pessoas sobre trilhos como solução para o caótico trânsito, e para os problemas da poluição, está chegando o momento de ficar de olhos e ouvidos muito atentos.

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