quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Fluminense FC

A CONFISSÃO DE PINGA SOBRE A COPA DO BRASIL 1992:
por Alexandre Magno Barreto Berwanger*

"A BOLA ESCAPOU E EU ME JOGUEI NA ÁREA" (PINGA, EX-ZAGUEIRO DO INTERNACIONAL).
PÁGINA 7, DA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL LANCE (RJ), DE 07/06/2005 :

COM A PALAVRA, Pinga, ex-zagueiro do Internacional :

Foi eu que sofri aquele pênalti na decisão da Copa do Brasil. Na verdade, eu "cavei". Disse isso na época e reafirmo hoje. O Luciano (ex-jogador do colorado) cobrou uma falta pela direita, eu fui tentar dominar, e a bola escapou de meu domínio. Nesse momento, um jogador do Fluminense me deu um leve toque. Claro que não com força suficiente para cair, mas aproveitei e me joguei.Quando teve a falta, o Maurício, ex-ponta do Botafogo e um dos principais jopgadores de nosso time, estava no meio-de-campo. Desanimado, ele se virou para mim e disse que nem ia para o ataque, porque não acreditava mais que a gente iria conquistar aquele título. Então eu respondi para ele que iria marcar o gol do título. Não fiz o gol, mas sofri o pênalti. Se eu não me engano, foi o único de minha carreira. Até hoje, quando vou visitar amigos em alguma cidade do interior, as pessoas me perguntam sobre este lance. Entrou para a história. Acredito que o José Aparecido não estava bem posicionado no momento, por isso acreditou na minha "cavada". Mas, por mais que não tenha sido pênalti, o título do Internacional não foi manchado. No primeiro
jogo, nas Laranjeiras, passamos por sufoco também. Não por parte do Fluminense, ou da imprensa, mas sim dos torcedores. Então, acabou que foi uma espécie de vingança a gente ter conquistado a Copa do Brasil daquele jeito.

JOGADORES DO FLU EXPULSARAM O JUIZ DO VÔO.
Uma cena inusitada aconteceu no Aeroporto Internacional de Porto Alegre na manhã seguinte àquela decisão: quando descobriram que José Aparecido de Oliveira iria voltar no mesmo vôo que traria a delegação para o Rio de Janeiro, os jogadores
não o deixaram embarcar no avião.
-Quano demos de cara com ele e com os auxiliares, não os deixamos embarcar. O José Aparecido foi injusto e prejudicou a carreira de vários jogadores de nosso time com aquela arbitragem. Foi má fé - acredita Ézio.
Bobô é outro que até hoje não perdoou José Aparecido de Oliveira. Em 1993, quando estava no Corínthians, o ex-jogador também teve problema com o ex-árbitro.
-O José Aparecido não tinha que apitar aquela decisão. Não posso dizer que ele estava mal intencionado, mas a verdade é que era muito ruim. Ele expulsou o Zé Teodoro logo no início, e depois inventou um pênalti absurdo - lembrou.

Finais:
10/12/1992 Fluminense 2-1 Internacional
Vágner 23' (1-0)
Caíco 52' (1-1)
Ézio 70' (2-1)
Referee: Márcio Rezende de Freitas
Att: 7 491
Fluminense: Jéfferson, Zé Teodoro, Vica, Souza, Sandro, Lira - Ânderson, Julinho (Rogerinho),
Sérgio Manoel - Vágner (Paulo Alexandre), Ézio. (Coach: Sérgio Cosme)
Internacional: Fernandez, Célio Lino, Célio Silva, Pinga, Ricardo - Ânderson, Élson,
Marquinhos (Silas) - Maurício, Gérson (Luciano), Caíco. (Coach: Antônio Lopes)

13/12/1992 Internacional 1-0 Fluminense
Célio Silva (penalty) 87' (1-0)
Referee: José Aparecido de Oliveira
Anormalidades: Zé Todoro (FFC), expulso aos 88'
Att: 32 722
Internacional: Fernandez, Célio Lino, Célio Silva, Pinga, Daniel Franco - Ricardo, Élson
(Luciano), Marquinhos - Maurício, Gérson (Nando), Caíco. (Coach: Antônio Lopes)
Fluminense: Jéfferson, Zé Teodoro, Vica, Sandro (Carlinhos Itaberá), Souza, Lira - Pires,
Bobô, Sérgio Manoel - Vágner, Ézio. (Coach: Sérgio Cosme)

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