segunda-feira, 13 de junho de 2011

Literatura

Livro resgata a Estrada Real e outros caminhos de Minas

"Os caminhos do ouro e a Estrada Real"
A saga da penetração bandeirante pelo sertão mineiro através das trilhas abertas pelos pioneiros desde o século 17 e as estradas rasgadas no território por seus seguidores para escoamento da riqueza durante o Ciclo do Ouro até o final do século 19, com a abertura da estrada União e Indústria, ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro, está relatada no livro Os Caminhos do ouro e a Estrada Real.

Co-editado pela Editora UFMG e a portuguesa Kapa Editorial, a obra foi organizada pelo geólogo Antônio Gilberto da Costa, professor do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com textos de Antônio Gilberto Costa, Marilene Marinho Nogueira, Júnia Furtado, Adriana Romeiro e Miguel Telles Antunes.
Por meio de uma coletânea de ensaios, ilustrados com riquíssima iconografia histórica, o livro mostra a evolução dos caminhos de Minas a partir de documentos cartográficos e iconográficos. Além disso, a obra traça um paralelo entre registros históricos e contemporâneos, entremeados por observações atuais.
Os ensaios
Nos seus quatro ensaios, o livro aborda desde a descrição botânica dos caminhos até a sua evolução ligada à questão do ouro. Os textos também mencionam os relatos feitos por viajantes e as documentações cartográficas dessas rotas. O primeiro deles, Os caminhos para a região das minas, escrito por Antônio Gilberto Costa, traz extensa documentação que registra caminhos ou rotas de viagens para a região das minas. Um dos documentos levantados é o inédito Guia dos Caminhantes, de 1817.

A região das minas segundo relatos de Viajantes Botânicos do século XIX e de registro contemporâneo tem como autora Marilene Marinho Nogueira. A pesquisadora, do departamento de Botânica da UFMG, decorre sobre a botânica dos caminhos das minas, traçando um paralelo entre a iconografia produzida há 200 anos e as ilustrações recentes.

Transitar na região das minas: o cotidiano dos caminhos foi escrito por Júnia Furtado, do Departamento de História da UFMG. Esse capítulo aborda o tráfego na Estrada Real: o transporte, percalços e as dificuldades encontradas pelos viajantes ao longo do caminho.

Adriana Romeiro escreveu "Ouro: procura e importância - A história das Minas entre o Sertão e o Império". Aqui, a professora do departamento de História da Fafich analisa a questão da extração e da importância do ouro, a partir da perspectiva dos interesses do Brasil.

Com "Os caminhos do ouro segundo algumas perspectivas referentes a Portugal", Miguel Telles Antunes encerra o livro discutindo a questão do ouro no Brasil, a partir dos interesses de Portugal.

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