por Sérgio Ricardo*
A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro assumiu compromisso (Meta Olímpica) de até as Olimpíadas de 2016 construir mais 100 km de ciclovias. Ciclistas e pedestres reclamam que a maioria das ciclovias já existentes na cidade estão abandonadas, não tem conservação, esburacadas, nem sinalização, os bicicletários existentes são uma raridade.
Ano passado, ecologistas e ciclistas deram entrada na SMAC (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) no Projeto Anel Cicloviário da Ilha do Governador, que prevê a construção de 21,5 km de ciclovias na orla marítima do bairro. O projeto por sua consistência técnica foi aprovado com louvor pela equipe técnica do programa Ciclovias Cariocas da SMAC, que fez no início deste ano 2 vistorias técnicas junto com profissionais da Cet-Rio, da Seconserva e os ciclistas proponentes do projeto onde circulamos de bicicleta ao longo de todo o trajeto do Anel e foi definido sua construção em 3 etapas: a 1a.: sinalização cicloviária em todo o trajeto do Anel; a 2a.: realização de pequenas obras de adaptação de calçadas e na orla, construção de e rampas de acesso etc o que beneficiaria ciclistas e cadeirantes; e na 3a. etapa, seriam feitas as obras mais caras de construção de trechos de ciclovias no bairro complementando o Anel.
As duas únicas ciclovias já existentes na Ilha tem pequenos trechos (Estrada Rio Jequiá e Corredor Esportivo do Moneró) e estão completamente abandonadas, esburacadas, sem sinalização alguma o que coloca ciclistas e pedestres em risco.
Por falta de recursos (em 2010 houve redução brutal do orçamento da SMAC e o Fundo Municipal de Conservação Ambiental-FUCAM está com seus poucos recursos financeiros todo já comprometido) até hoje a Prefeitura não anunciou quando lançará a Licitação do Anel Cicloviário da Ilha.
*Sérgio Ricardo é Ambientalista e membro fundador da Associação de Ciclistas da Ilha do Governador (ACIG). Foi Sub-Secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ) e membro titular do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONEMA).
Um comentário:
Amigo Carlos Ferreira
É hora de se pensar na bicicleta como meio de transporte regular na área urbana e não apenas como de esporte e de lazer.
É o que está acontecendo em importantes cidades do mundo, nas quais não tinham tal uso regular.
Sem dúvida não há como se continuar pensando em automóvel no transporte urbano, inclusive para pequenas distancias.
Já se oferece com sucesso serviços de entregas com bicletas em lugar de motos, ambos muito temerários nas condições de trânsitos como do Rio de Janeiro.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
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