terça-feira, 15 de março de 2011

OBAMA FALA AO BRASIL : “DO YOU SPEAKING ENGLSH ???”

por  Pettersen Filho*

Honraria jamais dispensada à qualquer brasileiro, em qualquer tempo ou lugar no Mundo, no estrangeiro, discursar em Praça Pública, diante de uma Platéia atordoada, como se assegura, ora, a OBama Hussein Barack, Comandante em Chefe do Poderoso US Army, a quem caberá o privilégio de fazer Sustentação Oral das suas inusitadas teses, em plena Cinelândia, local místico e emblemático, Palco das “Diretas Já”, quem puseram para correr os Generais Brasileiros, no finalzinho da Ditadura Militar, Anos Oitenta, na Capital do Rio de Janeiro.

Nem no Japão Vencido, subjugado por duas Bombas Atômicas americanas, de Iroshima e Nagasaki, nem na França Livre, resgatada dos Soldados de Hitler pelas primeiras levas de Mariners, poucos dias após o “Dia D”, nas Costas da Normandia, em 1945.

Afinal, alguém, em sã consciência, poderia, ao menos, conceber que um dia, as ruas da Brodway, em Nova York, seriam interditadas para que se montasse um Palanque, com Direito a Show, à moda Brasileira, com Xitãozinho e Xororó, de Bob Dylan ou do Bruce Springstein, como pano de fundo, para que discursasse a nossa Inédita Presidenta, Brasileira, a Sra. Dilma Roussef, em bom e nítido Português, para um Público totalmente alheio, no vai e vem das ruas da Big Aple – Nova Iorque – Cosmopolita, sem entender patavina alguma do que a Presidenta fala ?

Pois é essa, exatamente, a Cena Pitoresca que se concebe na Capital do Rio de Janeiro, como uma Bagdá Ocupada, prestes a receber, no “Rio Paz e Amor”, das Favelas Pacificadas e das UPP`s, o Presidente Americano, Barack “O Brahma “, como uma espécie de Fiscal do Comitê Olímpico Internacional, em seu Batismo de Fogo em Terras Brasileiras.

Concebido pelos Caciques da Política Americana, Marketeiros e Lobistas do Poder, na Casa Branca, profundamente desgastados por duas gestões desastrosas do Sr. George Walker Bush, como Xerife do Mundo, como o mais nítido reflexo de uma Potencia Militar Decadente, ora jogando uma bombazinha aqui, ora aplicando uma intervençaozinha acolá, o que rendeu-lhe, entre outros, inclusive, o afastamento do próprio Brasil, na Gestão Lula da Silva, de quem não passa de uma espécie de Paradigma, ou “Exemplo”, concebido pelos Falcões de Washington, tal como os daqui de Brasília, com o fito de passar para o Grande Público a “Imagem” democrata do Estado Anglo-saxão, a América do Norte, de que podem, também eles, ser tolerantes, tal como nós, aqui, com um Operário e Nordestino, Ignorante, “Homem do Povo” no Poder, pelo que, conduziram a White House, por seu turno, também eles, um Negro, de Origem Mulçumana, ao Comando da Maior Potência Econômica, e Maquina Militar, do Planeta.

Discurso, e oportunidade, que seguramente não teria na Fifith Avenue, atualmente, em Nova Iorque, em seu próprio Pais, devido aos seus altos índices de rejeição, ao contrário de quando assumiu, com duvidosas promessas de Peace and Love, totalmente inadequadas para uma Potência, que, na pratica, exerce com todo o seu esplendor, e arrogância, os Dogmas inerentes ao seu Poder, tão logo passado o encantamento inicial, com receptividade que, possivelmente, não receberia na Colômbia, onde intervêm os EUA, ou na Venezuela de Chaves, onde seria posto para correr, coube, exatamente ao Brasil, cuja mandatária a Novata Presidente, Dilma Roussef, totalmente sujeita a ter que provar ser, a sua, uma Administração com Personalidade Própria, mesmo que Herdeira Política do próprio Presidente Lula, cuja Política Externa, inclusive com reaproximação com os Estados Unidos, já demonstra divergir.

Será, enfim um Discurso perfeito, tendente a agradar todos: Tanto Grego, nós, como Troianos, eles...

Afinal, quantos, em uma Praça Pública no Brasil, mesmo numa Cidade também Cosmopolita, como o é o Rio de Janeiro, cuja grande maioria da população Brasileira demonstra pouca intimidade com a própria Língua Portuguesa, entenderão, no Jogo Sujo do Poder Global, o Inglês pronunciado por Obama, muito mais orientado a firmar um Soberano de uma Potência em Decadência, os Estados Unidos, exatamente em um dos Paises menos proeminentes do dito BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China, da mesma forma que se fazia no antigo Império Colonial Inglês, quando o Grande Feitor, em busca de especiarias, chegava para vistoriar as suas Possessões Ultra-mar.

“Do You are stend me ?”
*Petterson Filho é Advogado

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