sábado, 6 de novembro de 2010

Hotéis

Copa pode 'ressuscitar' hotéis do Centro de BH Fechado, o Del Rey está à venda. Normandy também deve ser negociado

O boom de investimentos no setor hoteleiro em Belo Horizonte, motivado pela Copa do Mundo de 2014, deve mexer com edifícios históricos localizados no Centro da cidade. O Hotel Grandarrell Del Rey, fechado há muitos anos, está à venda. O Normandy, com quase 60 anos de história, já pediu avaliação do preço do hotel e também pode ser negociado. Já o Othon Palace planeja investimentos.

Del Rey
De propriedada da empresária Ana Lúcia Pereira Gouthier, que arrematou o prédio da massa falida da Rede Horsa, em 1996, por pouco mais de R$ 6 milhões (valor da época). Ela operou o empreendimento por alguns anos e, depois, desistiu do negócio. Ana Lúcia também é proprietária do Dayrell Hotel, localizado na Rua Espírito Santo. Ela é filha legítima do empresário Antônio Luciano Pereira, que teve cerca de 30 filhos – a grande maioria fora do casamento – e deixou uma herança bilionária, além de uma disputa ferrenha pelos bens.

Tanta confusão não apaga a história dos 11.990 metros quadrados divididos em 18 andares localizados em uma esquina privilegiada, da Avenida Augusto de Lima com Rua Goiás, na Praça Afonso Arinos. Na inauguração, em 1967, reportagem da Revista Cruzeiro classificou o acontecimento como “marco do turismo brasileiro”, com a presença dos políticos e personalidades da cidade e do estado.

A expectativa é que quando a Copa do Mundo começar, em 2014, o hotel estará funcionando sob nova gestão.

O contrato com o estacionamento que opera no hotel prevê, que o local seja desocupado em um mês após a venda.

O hotel está à venda por cerca de R$ 30 milhões. O valor é justificado pela possibilidade de uma revitalização do Centro da cidade.

Normandy
Já a negociação do Hotel Normandy, na Rua Tamoios, não é tão explícita. Empresa familiar, propriedade de 12 pessoas, o hotel sofre o assédio de redes hoteleiras. Os integrantes da família Abras não revelam o valor do imóvel, mas fontes do mercado o estimam em R$ 18 milhões. Apesar de a classificação hoteleira passar por processo de reavaliação, o Normandy pode ser considerado um três estrelas, com 17 andares, mais de 100 apartamentos, salas de eventos e reuniões. Porém, no passado, principalmente na década de 1970, o hotel era pouso das tradicionais famílias mineiras que vinham à capital, mas, com a diminuição do prestígio da Região Central da cidade, esse público foi para outras áreas e o hotel passou a apostar em convênios com empresas e em um perfil de hóspedes voltados para atividades comerciais, perdendo parte do requinte.

Othon Palace
Outro hotel emblemático do Centro, o Othon Palace se prepara para anunciar nas próximas semanas investimentos no empreendimento. Inaugurado em 1978, o hotel, que integra a rede Othon, pretende aplicar recursos na revitalização do espaço para enfrentar a concorrência mais acirrada por conta da Copa do Mundo. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis (ABIH), existem 11 mil leitos em construção ou com projeto anunciado na Grande Belo Horizonte motivados pelo Mundial de futebol.
Fonte: www.uai.com.br

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