terça-feira, 24 de agosto de 2010

Galvão é o melhor!

Alberto César*

Bem amigos, li a entrevista do Galvão Bueno na Veja e nada que ele disse foi surpresa para mim

Tenho o maior respeito pelo profissional que ele é. Mais ainda! Acho que sou fã do Galvão. Já contei aqui na coluna, uma passagem que tive com ele, quando fui fazer um teste na rádio Gazeta, em 1973. Cheguei ao Pacaembu para narrar Santos e Portuguesa, num gravador previamente preparado para esse tipo de avaliação.

Naquele dia, Osvaldo Maciel narraria o jogo, pela rádio Gazeta com os comentários do Galvão Bueno. Falei rapidamente com o Galvão, que me incentivou, dizendo que havia passado num teste realizado pela emissora e agora estava lá, comentando futebol. Naquele teste recebi uma boa nota do Roberto Petri, mas não fui contratado. Tive uma passagem com Galvão Bueno, em La Paz na Bolívia, quando fui narrar Brasil e Bolívia, pelas eliminatórias da copa da Alemanha. Eu era o único narrador esportivo de rádio presente no estádio. E o Galvão o único de televisão.

Ao final da partida eu me aproximei dele e do Falcão, que estava comentando o jogo. Falei com Falcão e não recebi nem um cumprimento do Galvão. Achei no momento que ele poderia, ao menos, fazer um sinal qualquer que me desse a impressão de um aceno, mas não fez nada. Fiquei meio chateado com isso, porque afinal somos brasileiros e estávamos lá com o mesmo objetivo. Narrar o jogo. Não importava quantos estariam me ouvindo, nem quantos estariam ouvindo e vendo o Galvão. Mas depois acho entendi. Ele não fez por mal.

Talvez estivesse muito preocupado com as gravações pós jogo e participações ao vivo, nos programas da emissora e outros detalhes que tais. Seja como for já nem me lembrava mais disso. Trouxe agora na coluna, porque li a entrevista dele na Veja. Galvão, para mim, é o melhor. Sobre a enorme rejeição que ele tem, existe uma explicação. Ele é a voz, praticamente oficial do Brasil, nos eventos de maior audiência. Ele é a voz brasileira da Copa do Mundo, da Olimpíada e da fórmula Um.

Hoje o automobilismo não tem mais o apelo dos áureos tempos de Senna, mas esse esporte já fez o Brasil acordar muito cedo para torcer pelos nossos pilotos. E acordávamos ouvindo Galvão. Eu narro futebol na Rádio Central de Campinas e muitas vezes crio polêmica com minhas idéias e opiniões. Imagine ele que fala para todo o Brasil.

Há milhares de opiniões contrárias, milhões, talvez. Mas ele é muito bom. Tem postura, interpretação de situações, apresenta bem programas esportivos e narra qualquer coisa. Troquei algumas palavras com ele em 1973, depois disso nunca mais, mas revelo que gosto de acompanhar o Galvão Bueno, seja em programas ou nas narrações.

*Alberto César é Radialista em Campinas-SP e Clunista do Portal FI
Fonte: http://www.futebolinterior.com.br/

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