segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A evolução contrária do Rádio

Luciano Julusi*

"Caros amigos, como apaixonado por Rádio, radialista profissional, consultor em conteúdo para emissoras e há a 10 anos pesquisador de mercado, opinião e mídia. Quero colocar alguns pontos importantes pertinentes à audiência das emissoras de rádio.

A história do Rádio todos do meio conhecem, sabemos que houve um tempo em que grandes os comunicadores eram do AM, o surgimento do FM, trouxe a qualidade sonora e com ela a expansão musical. Os anos 70 e 80 eram música no FM e informação e entretenimento no AM. Os anos 90 passaram com resquícios das décadas anteriores e o século XX nos trouxe surpresas que estamos vivenciando hoje em dia e principalmente vivenciaremos nos próximos anos.

O AM, apenas e exclusivamente pela qualidade sonora, vem, perdendo espaço e caso esta questão não seja resolvida em no máximo 10 anos, veremos o fim do AM.

Como parte integrante da morte do AM, vemos o FM migrando sua programação para os anos 70, não em termos musicais, mas sim em conteúdo. Os gestores inteligentes das emissoras FMs, já perceberam que não se faz uma emissora líder de audiência sem: informações instantâneas, bons comunicadores, entretenimento, promoções e interatividade. Então se pergunta: e as músicas? Extremamente secundárias entre as prioridades. Óbvio que estas precisam ter qualidade, independentemente, de sua época. Mas voltemos ao conteúdo, esportes e transmissões esportivas eram coisas do AM, já invadiram o FM e a tendência é aumentar. Notícias e programas jornalísticos estão impregnados no FM e vai aumentar, enfim, o conteúdo do FM do futuro será do AM do passado e quem não fizer, ficará sempre do meio para trás nas pesquisas.

É o fim das emissoras segmentadas? Não. Estas serão sempre líderes em seus segmentos e ponto final.

Para ajudar ainda mais, o surgimento de novas mídias, colocará para trás as emissoras musicais. (MP3,4,5,6,7,8,9,10...., celulares, pen drives, e outras mídias).

Qual é sua audiência?

Público jovem: em média 26% da população, se dividirmos pela classe social, que é o que determina o estilo preferido, o percentual diminui ainda mais, o mesmo acontece com público adulto, mulheres, e outros “targets group”.

Quer ser líder geral?"

*Luciano Julusi é Gestor de Pesquisas
Fonte: http://www.projetocontaponto.com/
Colaboração: Bastidores do Rádio

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