quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Viaduto Márcio Rocha Martins (1938/2006)

Lula e Dilma vão inaugurar obra que substitui Viaduto das Almas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua candidata à sucessão e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vão inaugurar, em 30 de março, o Viaduto Márcio Rocha Martins (1938/2006), como foi batizado o elevado que substituirá o macabro Vila Rica, mais conhecido como Viaduto das Almas. Lula e sua pupila vão aproveitar a cerimônia, que ocorrerá no km 592 da BR-040, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, para anunciar mais recursos para a recuperação do trecho do leito do Ribeirão Arrudas que corre em Contagem e autorizar o início da remodelação da linha férrea que corta o limite de Belo Horizonte e Sabará. Parte da estrada de ferro será desviada para acabar com as trágicas curvas da Morte, no Bairro São Geraldo, na capital, e do Cachorro Magro, na cidade histórica. Esta será a última visita de Dilma a Minas como chefe da Casa Civil, pois, em 2 de abril, ela deixará o ministério para disputar, em 3 de outubro, a Presidência da República – a lei eleitoral determina que os ocupantes de cargo público que forem disputar o pleito se desincompatibilizem seis meses antes da eleição, a não ser que concorram à reeleição. E a inauguração do novo Viaduto das Almas é um prato cheio para a despedida da ministra no estado, uma vez que o futuro elevado é uma antiga reivindicação dos cerca de 15 mil motoristas que passam diariamente pelo perigoso Vila Rica. O antigo viaduto, construído em curva, tem 262 metros de comprimento por apenas nove de largura. O novo, que será em linha reta, tem dimensões mais seguras: 460 metros de extensão por 21m de largura. O futuro elevado ainda tem pista dupla e muretas de concreto separando as pistas contrárias. A data da inauguração do elevado foi adiantada pelo secretário-executivo-adjunto da Casa Civil, Giles Carriconde Azevedo, ao vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho (PT), durante um encontro, em Brasília, na última segunda-feira. A data é aguardada com expectativa pelo aposentado Norberto Fabrino de Souza, de 65 anos, filho do fazendeiro Raimundo Gonçalves de Souza, que morreu no primeiro acidente no viaduto, em julho de 1958. No mesmo desastre, faleceu o fazendeiro José de Resende, que dirigia a caminhonete empurrada para fora da ponte por um caminhão do Rio de Janeiro. O acidente ocorreu na tarde de um domingo, mas Norberto, que morava em Entre Rios de Minas na época em que perdeu o pai e, hoje, reside em Belo Horizonte, só soube da tragédia na madrugada de segunda-feira. “Mamãe, dona Geasser Fabrino dos Reis, foi avisada ainda naquela tarde, mas só contou aos filhos, na madrugada, quando o caixão chegou em casa. Tinha 13 anos e fiquei baqueado”, recorda o aposentado, que se mudou para a capital, em maio de 1959, juntamente com a mãe e os cinco irmãos. Os filhos de José Resende também deixaram Entre Rios de Minas. Um deles, Baltazar Resende, mora em Sete Lagoas, na Região Central. Todo fim de semana, porém, ele vai à terra-natal, onde tem um sítio. Seu Baltazar recorda do pai todas as vezes em que passa pelo elevado. “Já era hora de o Viaduto das Almas ser aposentado”, reforçou. Fonte: www.uai.com.br

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