segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rosalvo Braga Soares

Para Rosalvo Braga Fevereiro de 2007 Nilo Sérgio* Lá vai Rosalvo! Alvo, salvo. Vai pra jacuba Cantar seu salmo. Cadê Rosalvo Pra onde ele foi? Foi buscar o binóculo, Pra ver o meu BOI. Lá vem Rosalvo! Todo contente Como refrão do seu samba Escondido nos dentes. Lá vem Rosalvo! Catando palavras, Construindo rimas. Ladeira abaixo, ladeira acima. Ah! Ah!...Rosalvo Quanta saudade Jacuba, Império, Matriz, Mocidade. Se for pra mesa, Se entrar na gira Se vir Ione, Gena Legeira, Zé Patrocino Conte, Conte Rosalvo Conte com calma Que nossos sambas são rezas Em prol de nossas almas. *Nilo Sérgio é Músico Congonhense Colaboração: Micheline Tomaz Gama

Um comentário:

Unknown disse...

Carlos,obrigada.Gostaria que fosse postado ambém esta cronica de autoria do Sr. Lucio de Souza Coimbra Diretor da Fundação Radiodifusora de Congonhas.
"Quando menino vi cena de filme na qual um soldado com armadura, elmo, penacho e lança em riste percorria o povoado e com rouca voz anunciava, aos quatro ventos, a morte de alguém. Se hoje fosse; o monocórdio aviso fúnebre, infelizmente, seria: Rosalvo morreu. Rosalvo morreu. Morreu Rosalvo. Muitos, principalmente, os mais jovens, displicentemente, perguntariam: Quem é Rosalvo? Conheci Rosalvo nos bons tempos da famosa Fundação Dom Silvério. Tive o privilégio de conhecer, de perto, o professor, o jornalista, o poeta e o escritor. Dedicado, mais que isto, empolgado participou, ativamente, do Tedons, da Encantada Jacuba e mais recentemente da Academia de Ciências e Letras de Congonhas. Publicou dezenas de livros, contos e ensaios sendo que, na maioria deles, destacava entidades, acontecimentos, cenas e pessoas de Congonhas. Poucos se dedicaram, com tanto afinco, na tarefa de valorizar nossa gente e nossas coisas. Pelo conjunto de seus trabalhos recebeu a cidadania honorária de Congonhas com projeto de autoria do vereador Marco Antônio Cordeiro Baldoque. Natural de Ubá; vivia em Belo Horizonte mais amava, de verdade, Congonhas. Dotado de extraordinária visão e servidão humana ele defendia a convivência dos contrários, a família, a amizade, os costumes, a gratidão, a flora e a fauna. Era um homem bom. Com a extinção da Fundação Dom Silvério, dos seus cursos, do seu teatro, do seu coral, das Escolas de Samba e da perseguição ensandecida movida, por um delirante ex ocupante do cargo de prefeito, Rosalvo ficou perplexo e atônito. Mas nem isto, tudo, o impediu cantar as igrejas, as montanhas, as ladeiras, o jubileu e outros eventos da nossa terra. O seu nome, por justo direito, passa a compor a galeria dos nomes ilustres que adotaram Congonhas. Simples, puro e sereno não abrigava nenhum sentimento que não fosse o amor pelo próximo. O bom humor, a alegria e a disponibilidade assídua que, sempre, o acompanhavam eram provas de sua paz de consciência. É triste, muito triste, dizer adeus a um poeta, principalmente porque nós, os comuns, temos os pés na terra enquanto eles têm o coração nas estrelas e a cabeça no céu. Rosalvo Braga, leve com você nosso respeito, nossa admiração e nosso carinho. Boa tarde e até amanhã se Deus quiser".