quarta-feira, 28 de outubro de 2009
É HORA DE FAZER O BALANÇO
Carlos Roberto Sodré*
Com a chegada do final do ano toda empresa e todo empresário, atento, faz o seu balanço, certamente não será diferente com o esporte de nossa região e sobretudo com o futebol. E o dirigente como está? Cabeça tranqüila, ou a consciência está cobrando algo que ficou sem fazer, ou pior, alguma coisa que foi mal elaborada? Todos os anos o discurso é sempre o mesmo: a Liga Atlética Ubaense fez tantos campeonatos, movimentou muitos atletas, a arbitragem esteve em evidência o ano todo. Fez tudo que pode para o torcedor. Mas não ouço falar da valorização dos nossos futuros craques. Não ouço ninguém dizer que alguma coisa esteja sendo feita, de forma efetiva, para tirar o garoto das drogas. Então, se todos os anos eles dizem que o resultado foi sempre positivo, porque não há revelação no nosso futebol? Assim que terminou o campeonato regional do ano passado eu perguntei ao treinador José Carlos Ferrari, do Bonsucesso Futebol Clube, quantos jogadores do clube, formados nas divisões de base, vestiram a camisa alvirrubra na disputa do campeonato naquele ano. Para minha decepção ele respondeu que nenhum. Olhei bem nos lhos do Ferrarinho e disse a ele: então o seu trabalho deve ser muito ruim. Para trabalhar tantos anos com as divisões de base de um clube, quando a equipe vai para uma disputa nenhum jogador foi aproveitado? Faça meu favor! É de desanimar. Sai dali inconformado. A partir desse dia todas as pessoas, ligadas ao futebol, que eu encontro pergunto se esse é o modelo que todos querem ver, a maioria absoluta responde que não. A esmagadora maioria responde que em um tempo menor que se imagina vamos sentir saudades de Maurício Singulane. Saudades do senhor Maurício nós já sentimos, porem agora falamos do dirigente que soube como poucos valorizar a prata da casa. Se você é torcedor e está gostando do modelo com que estão conduzindo a situação, tudo bem, é um direito seu depois não venha com chorumelas. Há algum tempo falei das cabines de imprensa nos estádios, sinto a falta de banheiros confortáveis, de água para beber, de um ambiente onde possamos trabalhar com tranqüilidade, usando o direito à privacidade. Nada disso nós temos. Quando tem uma coisa falta outra, conheço outros casos que falta é tudo mesmo. Se você quer saber, temos um punhado de estádios acanhados, dirigentes apaixonados, imaturos e sem nenhuma experiência. O balanço precisa ser feito e começar agora sem perder mais tempo. E pelo amor de Deus, pare de enganar os meninos com o Eldorado do futebol. Diga para eles a verdade. A verdade é que estamos importando mais do que exportando. Vou usar uma frase do professor Joaquim Carlos de Souza: “já estou enfarado de Júnior Baiano, Paloma, Roma...”.
*Carlos Roberto Sodré é Locutor Esportivo
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Um comentário:
Carlos, em relação as depencias de estádio vou responder em nove do e.c.itarare.
A diretoria esta procurando a cada dia melhorar mais a infra-estrutura do estádio, pensando no torcedor, já estamos com um projeto para cobertura das arquibancas, se quiser acompanhar acesse: www.esporteclubeitarare.com.br, e em relação a imprensa temos o maior respeito a todos, em nossa depencias e so solicitar que será sempre bem atendido.
Em relação ao trabalho com a base, concordo, nós aqui realizamos esse tipo de trabalho, mas seria interessante o sr. acompanhar um pouco a dificuldade dos dirigente o jogador da casa, muita das vezes requer coisas disproporcionais a realidade.
por essa razão muitas equipes evitam a participação de atletas da cidade nas suas equipes.
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