segunda-feira, 13 de julho de 2009

Seleção Brasileira

O bom desempenho nas últimas partidas, a liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo-2010 e a longa invencibilidade deram grande conforto a Dunga no comando da seleção brasileira. O título da Copa das Confederações, com um aproveitamento de 100% no torneio, reforçou a ideia de que o treinador conta com uma base sólida para o Mundial. No entanto, tal tranquilidade passava longe da equipe nacional há nem tanto tempo assim. Logo quando assumiu o cargo, após o fiasco da seleção na Copa-2006, Dunga sofreu com as críticas por sua inexperiência, seu mau humor e por convocar jogadores que estavam longe de ser uma unanimidade. Até chegar ao grupo atual, o treinador realizou vários testes, muitos deles mal-sucedidos. Alguns atletas tiveram pouquíssimas oportunidades para mostrar seu valor e, sem destaque, foram definitivamente esquecidos. A maioria viu sua carreira cair depois da frustrada passagem com a camisa amarela. Alguns ainda conseguiram se transferir para clubes europeus, mas sem grande sucesso. Escolhemos alguns destes nomes que hoje atuam no exterior para mostrar como estão atualmente - e o resultado foi pouco animador. Afonso Alves Uma das maiores surpresas nas listas de convocados por Dunga, o atacante ganhou fama no Heerenveen, modesto clube holandês. Na temporada 2006/07, ele marcou 34 gols no Campeonato Holandês e por pouco não ganhou o prêmio Chuteira de Ouro, oferecido ao maior artilheiro da Europa no ano. Ele também ganhou as manchetes ao marcar sete gols em uma mesma partida, em outubro de 2007, contra o Heracles. Tal desempenho fez Dunga apostar no jogador, hoje com 28 anos. Afonso fez parte do grupo que disputou a Copa América na Venezuela, em 2007, mas ficou longe de convencer os críticos. Em oito jogos com a camisa amarela, ele marcou apenas um gol. Sua carreira caiu vertiginosamente desde então: em janeiro de 2008, o brasileiro saiu do Heerenveen em baixa e foi negociado com o Middlesbrough. Na equipe inglesa, novo fiasco. Na última temporada, marcou apenas quatro gols em 31 jogos e viu o clube ser rebaixado para a segunda divisão. Ricardo Oliveira Com passagens por Portuguesa, Santos e São Paulo, Ricardo Oliveira chegou a ser considerado como uma das principais opções para o ataque da seleção. Após ficar cerca de um ano sem ser chamado para a equipe nacional, depois de sofrer uma grave lesão no joelho, ele ganhou uma nova chance com Dunga. Abaixo de sua melhor forma, o atacante foi deixado de lado. Ricardo Oliveira teve uma passagem apagada pelo Milan e foi rebaixado duas vezes consecutivas no Campeonato Espanhol: Zaragoza (2007/08) e Betis (2008/09). Daniel Carvalho Revelado pelo Internacional, Daniel Carvalho parecia ter futuro com a camisa da seleção. Logo em sua partida de estréia, o meio-campista marcou o gol do empate por 1 a 1 com a Noruega, em amistoso disputado em agosto de 2006. Só que o brilho inicial durou pouco. Em 2008, ele foi emprestado pelo CSKA Moscou ao Internacional. Fora de forma, Daniel se envolveu em polêmicas sobre seu peso e não repetiu as mesmas atuações pelo Colorado. De volta à Rússia, o meio-campista teve seu nome envolvido em boatos de transferência para o Los Angeles Galaxy (EUA) e para o Adap, do Paraná. Breno O ex-são-paulino foi chamado uma vez para a seleção principal, em um amistoso contra a Irlanda no começo de 2008. Pouco antes, Breno havia sido vendido pelo São Paulo ao Bayern de Munique por US$ 18 milhões. No entanto, o jovem zagueiro ficou no banco de reservas do clube alemão e quase não entrou em campo. Ele ainda foi chamado por Dunga para os Jogos Olímpicos-08. Na temporada 2008/09, o defensor entrou em campo em somente nove jogos pelo time alemão. Mineiro Após se destacar no São Paulo, ao formar a dupla de volantes com Josué, Mineiro foi titular em cada partida da vitoriosa campanha na Copa América. Com o aval de Luiz Felipe Scolari, o meio-campista se transferiu para o Chelsea em setembro de 2008. o que parecia um excelente negócio logo se revelou uma furada. Mineiro praticamente não atuou pelo clube inglês e acabou relegado ao time B. Aos 33 anos e sem espaço, o volante nunca mais foi chamado por Dunga. Rafael Sóbis Na Libertadores-2006, o atacante foi um dos principais destaques do Internacional na campanha do título. Pouco depois de sua transferência para o Betis, Rafael Sóbis ganhou uma oportunidade na seleção. No entanto, o fracasso nas Olimpíadas de Pequim-2008 e uma lesão no joelho contribuíram para que ele perdesse espaço. Com atuações de pouco destaque, ele acabou negociado pelo Betis ao Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos. Tinga O meio-campista foi lembrado por Dunga para o amistoso contra a Suíça, em novembro de 2006. Antes, ele ficou cinco anos afastado da equipe nacional. Entretanto, as esperanças de novas convocações logo ruíram. .Depois disso, Tinga nunca mais convocado, apesar de suas boas atuações no Borussia Dortmund. O Fluminense chegou a cogitar a contratação do jogador, com passagens por Grêmio e Internacional, para seu elenco. Rafinha Em uma das posições mais carentes da seleção, Rafinha despontou como uma possibilidade para enfim preencher a lacuna deixada por Cafu na lateral-direita. No entanto, ele ficou mais famoso por se envolver em uma longa discussão com seu clube, o Schalke 04, que não queria liberá-lo para a disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim. Polêmicas à parte, o crescimento de Daniel Alves e Maicon fez com que o jogador, de 23 anos, ficasse em um plano inferior nas pretensões de Dunga, mesmo sendo titular do clube alemão. Adriano As mesmas esperanças de Rafinha foram compartilhadas por Adriano. O lateral-esquerdo foi um dos vários jogadores testados na lateral-esquerda para substituir Roberto Carlos, mas não convenceu quando foi escalado. Como as poucas oportunidades dadas por Dunga acabaram, restou a ele se concentrar no Sevilla, onde passou a atuar no meio-campo para seguir entre os titulares. Alex O meio-campista despontou como um dos principais jogadores do Internacional nos últimos anos. Suas atuações destacadas na Libertadores, no Mundial de Clubes da FIFA (em 2006) e no Brasileiro (2008) foram recompensadas com convocações para os duelos contra Venezuela e Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo-2010. No começo deste ano, ele foi negociado com o Spartak Moscou e, mesmo titular do clube, ficou longe dos olhares de Dunga. Cássio Causou estranheza o fato de Dunga ter chamado Cássio, quarto goleiro do Grêmio, para os amistosos contra Chile e Gana, em 2007. Titular na campanha do título sul-americano da seleção sub-20 naquele ano, Cássio ficou de fora das Olimpíadas de Pequim-2008. Mesmo assim, ele acabou negociado com o PSV por 1 milhão de euros, no qual também praticamente não jogou. E, claro, foi deixado de lado nas futuras listas de convocados da equipe nacional. Hoje, está emprestado ao Sparta, de Roterdã. Jô O ex-corintiano ganhou algumas chances na seleção em 2007, após se destacar ao lado de Vágner Love no CSKA Moscou. Jô ainda foi convocado por Dunga para a disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, mas depois disso não voltou mais para a equipe nacional. Contratado por um valor recorde pelo Manchester City (superior a 20 milhões de euros), ele tinha esperanças de decolar ao formar a dupla ofensiva do time ao lado de Robinho. Sem brilhar, Jô foi emprestado ao Everton neste ano. No time de Liverpool, marcou cinco gols em 12 jogos e teve seu contrato com os Toffees renovado por mais um ano. Bobô No Corinthians, o atacante ficou conhecido por perder gols fáceis. Por essa 'fama', Bobô sofreu críticas ao ser convocado por Dunga para o amistoso contra a Irlanda, em fevereiro de 2008. Embora seja um dos destaques do Besiktas nas últimas temporadas (foi duas vezes artilheiro da Copa da Turquia e conquistou três títulos da competição), ele nunca mais vestiu a camisa amarela. Fernando Menegazzo Também membro da seleção campeã da Copa América, Fernando entrou durante alguns jogos da competição. Embora com um desempenho razoável, o volante teve poucas oportunidades na equipe. Pelo menos ele se deu melhor no Bordeaux. Titular absoluto da equipe, o brasileiro foi um dos destaques na conquista do título francês, acabando com a hegemonia do Lyon no país. Gilberto Antes considerado como um dos favoritos para figurar na lateral-esquerda da seleção, Gilberto amargou a perda da posição para Kleber e André Santos. Após o destaque conquistado no Hertha Berlim, ele se transferiu para o Tottenham no começo de 2008, mas encontrou problemas de adaptação na equipe inglesa. Nos Spurs, ele disputou apenas uma partida no Campeonato Inglês na temporada 2008/09 e acabou relegado à equipe reserva. Fonte: www.uol.com.br Colaboração: Glauco Fassheber

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