quarta-feira, 27 de maio de 2009

Maisa, meu amor!

Heitor Reis*
Lamentavelmente, não tenho tempo para assistir mais vezes esta garotinha genial e espontânea, manifestando sua alegria para o deleite de crianças de todas as idades. Para um velhinho de 57 anos e sem filhos, a sensibilidade para com os filhos dos outros é notória. Daí, lamentar a notícia de que a "Vara da Infância proíbe Maisa de trabalhar no Programa Silvio Santos.
Condeno a falta de sensibilidade deste juiz. Espero que seja por excesso de zelo em proteger nossa Shirley Temple e não por algum outro motivo que seja escuso. Minha crença na caixa-preta que Lula percebe na justiça brasileira, bem como nos Gilmar Mendes que a aplicam, não é nada positiva.
Antes de abortar um talento florescente como o desta "ídala" da garotada de qualquer faixa cronológica, ele teria sido mais justo se determinasse condições para evitar que houvesse qualquer dano à nova "rainha dos baixinhos". Como por exemplo determinando que um profissional devidamente credenciado acompanhasse o trabalho e outras atividades da garota, de tal forma a assegurar realmente que tudo funcionasse pefeitamente.
Lamentavelmente, num país com 74 % de analfabetos e semianalfabetos, cujo caráter é dominado pela emoção, sentimentos e paixão, graças à nossa cultura ibero-católica-latino-americana, em oposição à cultura anglo-saxã-protestante, a tendência é se discutir o tema de forma superficial, maniqueista e reducionista.
A questão que nos surge, então, é se seria possível ou não evitar que tal atividade interferisse no desenvolvimento da infância da Maisa, bem como no de seu enorme talento.
Estou certo de que o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, bem como o Conselho Federal da categoria tem orientações seguras para fornecer de tal forma a proteger todos interesses em jogo, inclusive o deste adolescente mesocentenário. Ou vice-versa!
*Heitor Reis é Engenheiro Civil

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