
Diante o episódio ocorrido em Recife, em relação àfala e posição de Dom José Cardoso – o aborto praticado namenina de 9 anos estuprada pelo padrasto – que, diga-se passagem, ea posição da igreja e que gerou criticas por algumas autoridades,gostaria de escrever um artigo para refletirmos o papel da igreja nomundo e em cada Ser humano.
Pois bem, primeiramente precisamos entender que quase amaioria das pessoas professa uma crença espiritual que o leva aintegrar-se numa entidade para vivê-la e desenvolve-la. Enfim, o Serhumano se posiciona como sendo humano e também Divino. É precisotambém dizer que, ao se posicionar como um Ser Divino, isto é, quepossui alma e existe uma eternidade isto o leva se preocupar comoprincipio o seu Espírito, vivendo sua vida humana conforme suacrença e fé.Sendo assim, o Homem constitui entidades espirituais asquais ele busca aprimorar e viver sua espiritualidade. Entidades estasque tem regras, leis internas. Enfim, normas para que possam colocar limites e ordem dentro de suas crenças. Uma destas instituiçõesé a Igreja Católica, que segue segundo seus princípios ocristianismo. Isto é, a partir dos ensinamentos de Jesus criou-se umestatuto, onde se baseia em suas palavras – a interpretação seela está correta dentro destes ensinamentos pregado por Jesus e seus discípulos ou não é outra história. O que importa é queaqueles que se dizem ser católicos precisam seguir o que elainstitui. No entanto, a pessoa é livre para aceitar ou não tais normas.
É preciso dizer que em termos de fé o que faz o homemseguir determinada doutrina ou não é sua consciência. Neste sentido, ele é livre para pertencer a uma ou outra entidadereligiosa, não havendo necessidade de contendas ou ficar criticandosua religião. Pois, não concordando com ela há inúmerasreligiões ou mesmo a liberdade de não seguir nenhuma.Pois bem, a igreja seja ela qual denominação for, sua obrigação teológica e moral é se posicionar no mundo diante osacontecimentos do cotidiano, pois, se assim não o fizer ela perde osentido de sua existência. Enfim, a entidade religiosa não pode seomitir diante as realidade e suas normas. Evidentemente, os membrosdestas entidades religiosas podem aceitar ou discordar, mas comoprincipio, a ultima palavra quem deve dar são seus lideres e osmembros aceitar. As igrejas não estão acima do bem e do mal, noentanto, em ternos espirituais ou aceitamos ou saímos dela. O que não se pode é dizer ser pertencente a tal igreja, mas ficacriticando ou mesmo levantando-se contra ela em situações que muitasvezes somos leigos em ternos de conhecimentos teológicos.O que vemos comumente é a Igreja – aqui me refiro acatólica – sendo criticada de omissa ou de retrograda, colocadaentre progressiva e conservadora. Quando ela se pronúncia écriticada, quando se cala é criticada. Quando interfere emquestões sociais é criticada. Enfim, ela sempre é tratada comodemônio. Isto é, sempre insinuada como mal. E o triste é queé tratada assim por aqueles que se dizem ser católicos.
Enfim, é preciso que os homens procurem viver mais afé que professam e transformem o mundo melhor. Procurem viver mais osensinamentos espirituais e não se aproveitam, como vemos ocorrer, dasigrejas para se promoverem politicamente. Pois é isto que estamos veracontecer cotidianamente, pessoas ingressam nelas, se promovem, fazem umberço político para posteriormente conquistarem seus objetivos eai passam a criticá-la.
*Ataíde Lemos é Escritor e Poeta
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