quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

RECORDAR É VIVER

Carlos Roberto Sodré* No dia lº de janeiro estava eu assistindo a posse do excelentíssimo senhor prefeito municipal de Ubá - senhor Edvaldo Baião Albino e os senhores vereadores – quanto de repente veio em minha direção o jovem empresário Júlio César Singulane. Aproximou-se de min, colando a mão direita em meu ombro também direito e me disse: “quero agradecer pelo que você tem escrito no Jornal CLASSIVENDAS sobre o papai”. Então disse a ele que não tem nada para agradecer, muito pelo contrário, o significado do senhor Mauricio Singulane entre nós, nos meios esportivos e de comunicação é de uma dimensão enorme. Eu acredito que toda a imprensa fala muito pouco deste homem que tem uma importância grande para todos nós, uma história registrada e uma vida dedicada ao futebol de Ubá, sobretudo uma vida inteira dedicada ao Industrial Futebol Clube. Homens como o senhor Mauricio Singulane não morre jamais. São imortais. Mitos vivem para sempre. Não falo do senhor Mauricio para agradar a ninguém, muito menos para agradar seus familiares. Falo deste homem porque ele representa os tempos românticos do futebol daqui desta cidade. Campeão regional de futebol no ano de 1989 com uma equipe toda amadora. Lembro de alguns jogadores que fizeram parte daquela equipe vencedora: goleiros Carlão e Elder; laterais: Ozório, Carlinhos, Jorginho, Maurinho; zagueiros: Marcelo, Paulo César, Marino; volantes: Tim Brígido, Tim Bolinha, João Luiz, Ozório; meias: Preguinho, Marquinhos Gambá; atacantes: Xará, João Luiz entre outros. No vestiário ele ficava todo animado. Orientava os atletas para não dar atenção ao árbitro, achava um sujeito insignificante, um mal necessário. Naquela época, eram chamados de “homens de preto”. Os árbitros só se vestiam de preto, até que a criatividade trouxe outras cores. Falar do personagem Mauricio Singulane o privilegiado aqui sou eu. Certa vez o campeonato regional estava para começar, então o seu Mauricio foi procurar seus amigos, empresários do setor moveleiro, no sentido de buscar apoio como material esportivo, por exemplo. Recebeu como resposta a seguinte frase: “Mauricio passa lá na Casa Gravina e pega trinta pares chuteiras e vinte bolas”. Visitava um outro: “Mauricio vai à At’sok, fala com o nosso amigo Nicácio e pede a ele para confeccionar dois uniformes completos para o Carijó”. Portanto, a história deste homem foi escrita assim, com seriedade, dedicação e credibilidade. Principalmente credibilidade. Então, poder falar do senhor Mauricio Singulane o honrado aqui sou eu e o CLASSIVENDAS. Carlos Roberto Sodré é Locutor Esportivo

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