quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Perfil de um fracasso


Seis técnicos ajudaram a afundar o Tigre em 2008
Ricardo Drubsky foi quem mais comandou o time: 15 vezes. Márcio Bittencourt, por sua vez, teve o melhor desempenho, com aproveitamento de 36%.
Nada menos que meia dúzia de treinadores e quase meia centena de jogadores não conseguiram livrar o Ipatinga do vexame de dois rebaixamentos seguidos no ano em que o clube completa 10 anos. Desde a pré-temporada, quando fechou com o primeiro reforço, o atacante Marcelo Macedo, o time do Vale do Aço contratou quase 50 atletas, sendo que poucos destes continuarão em 2009, devido à política de contenção de despesas implantado pela diretoria.
O treinador que mais durou no cargo foi Ricardo Drubscky, que comandou o Tigre em 15 partidas. Emerson Ávila, responsável pelas ascensão do Tigre à Série A, em 2007, ficou à frente por menos tempo, apenas quatro jogos. O melhor aproveitamento foi de Márcio Bittencourt (36%) que, em 10 jogos, venceu três, empatou dois e perdeu cinco vezes.
Moacir Júnior, mesmo rebaixando a equipe no Campeonato Mineiro, vem em seguida, com 33%, em seis jogos. O pior treinador em aproveitamento, é novamente Ávila, com 25% – à exceção de Juninho Lôla, que comandou a equipe interinamente na derrota para o Guarani, por 2 a 0, em Divinópolis, pela quinta rodada do Estadual.
Roleta Russa
– A política de troca de treinadores não é novidade no Vale do Aço. Desde a saída de Ney Franco, em 2005, a diretoria insiste em culpar os técnicos pelos maus desempenhos do Tigre. De 2005 até a entrada de Emerson Ávila, em meados de 2007, a equipe teve nove treinadores diferentes, fora os interinos, como Ney da Matta e o próprio Juninho Lôla.
Desempenhos:
Emerson Ávila – 4 jogos (1v e 3d)
Principal responsável pela ascensão do Tigre, o treinador foi demitido logo nas primeiras rodadas do Campeonato Mineiro, devido à péssima atuação no início da temporada. Perdeu para o Rio Branco, por 2 a 0, em Andradas, logo na estréia do Estadual.
Juninho Lôla (interino) – 1 jogo (1d) .
Gerente de futebol do clube quadricolor, Lôla comandou a equipe apenas na derrota para o Guarani, em Divinópolis, enquanto a diretoria acertava a contratação de Moacir Júnior ao Tupi, então líder da competição.
Moacir Júnior – 6 jogos (2v e 4d).
O treinador não repetiu no Ipatinga o mesmo desempenho que o havia credenciado no time da Zona da Mata. Perdeu quatro vezes em seis jogos e rebaixou o Tigre ao Módulo II do Mineiro.
Giba – 6 jogos (1v, 2e e 3d).
Velho sonho da diretoria do Ipatinga, o ex-jogador campeão brasileiro pelo Corinthians, em 1990, foi um fracasso: venceu apenas o Vitória (2 a 0, em casa). Não resistiu à derrota para o rival Atlético e caiu na sexta rodada do Brasileiro.
Ricardo Drubscky –15 jogos (3v, 3e e 9d).
Ex-treinador da base do Cruzeiro, Ricardo Drubscky foi chamado às pressas para assumir a equipe e trouxe consigo o coordenador Enderson Moreira. Ficou 15 partidas, tempo recorde no ano. Não resistiu à derrota para o concorrente direto ao rebaixamento, Santos, e deu lugar a Márcio Bittencourt.
Márcio Bittencourt – 10 jogos (3v, 2e e 5d).
Ficou 10 partidas e até teve desempenho bom, comparado aos antecessores. Teve desempenho de 36% (melhor do ano) e fez o Tigre acreditar na possibilidade de livrar-se do descenso. Não conseguiu.
Enderson Moreira – Voltou ao Vale do Aço para a milagrosa missão de tirar o time da degola. Não conseguiu. Mas teve méritos: venceu Coritiba e Sport, em casa, mas teve pelo caminho dois candidatos ao título: Palmeiras e Grêmio.
Fonte: http://www.uai.com.br/ .

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