quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O MAU CHEIRO QUE EXALA DA PREFEITURA

Laerte Braga*
O prefeito José Eduardo corre o risco de passar à história de Juiz de Fora como responsável por uma das maiores mutretas já acontecidas na administração pública municipal apesar do pouco tempo que está e vai ficar à frente da Prefeitura. Há um cheiro forte de negociata vindo da Prefeitura na questão do lixo.
A situação é de tal ordem que há necessidade ação da Câmara, CPI inclusive para determinar responsabilidades sobre quem está ligado à máfia do lixo (Vital Engenharia Ambiental – Queiroz Galvão). Quebra de sigilo telefônico, para que sejam determinadas e localizadas as autoridades ou funcionários municipais e estaduais que estão pressionando pela obtenção da licença ambiental e documentos de validade do novo aterro em Dias Tavares.
Corre uma ação pública sobre o assunto movida pelo vereador José Sotter Figueiroa tentando impedir que esse crime contra Juiz de Fora seja cometido e é preciso agora trazer a público todo o processo que envolve o assunto em todo o estado de Minas (Em BH a Prefeitura petista sob controle de Aécio está atolada até a alma na negociata), pois, como sempre, a conta vai respingar no bolso de cada contribuinte, em cada uma das taxas cobradas por prefeituras (Betim e Sabará também) e o lucro vai ser de políticos e funcionário corruptos e da empresa lógico.
O “negócio” do lixo foi zoneado pelas máfias do setor em todo o País.
Urge que os candidatos a prefeito se declarem sobre o assunto tamanho o volume de pressões do governo José Eduardo para deixar um contrato de 20 anos assinado e o povo que se dane, ainda que se saiba, previamente, que o candidato tucano Custódio Matos é a favor, pois faz parte do time PTSDB (fusão PT/PSDB).
E não é só isso não. Na Secretaria Municipal de Saúde apesar do rompimento do contrato com o grupo SIM, envolvido na Operação Pasárgada, o atual secretário, tucano e com a máquina toda trabalhando para Custódio e o candidato a vereador José Laerte, está contratando outro grupo SIM para implantar o sistema de informação das unidades básicas de saúde. Muda o nome, mas a mutreta continua.
Antes de Bejani ser eleito prefeito a Prefeitura usava o sistema do próprio Ministério da Saúde que é gratuito. Bejani contratou o grupo SIM para pagar e levar propina. O atual secretário está contratando outro grupo para fazer o que o Ministério da Saúde disponibiliza de graça e com muito maior proveito, pois desenvolvido, trata-se de um software, dentro dos padrões da política de saúde voltada para estados e municípios.
Tem propina no meio disso com certeza, tudo que envolve saúde em Minas tem propina. É só investigar a secretaria e o secretário estadual Marcus Pestana e seus sócios.
O contrato do lixo é superior a 200 milhões de reais, causa danos ambientais à Zona Norte da cidade, danos irreparáveis e não se justifica um prefeito provisório que não desentope nem bueiros, assinar um documento desse porte, muito menos pressionar para que as licenças sejam liberadas.
Tem um trem errado aí, tudo indica que o bejanismo continua, agora sem Bejani.
Aquele negócio de ficar na rua Halfeld contando mesas nas calçadas para ver se está dentro do que a Prefeitura permite é a típica exibição de autoridade menor, de estreiteza, ou de esperteza, aquele negócio de parecer ser não sendo.
O caso do lixo é grave. O uso da Secretaria de Saúde a favor de duas candidaturas é grave. E as pressões oriundas de vários setores da administração, inclusive do prefeito para liberar as licenças para o novo aterro sanitário é muito mais grave ainda.
Tem um mau cheiro que continua a exalar da Prefeitura de Juiz de Fora. E pior, tem o hábito de ameaçar quem se opõe a esse crime de lesa cidade.
*Laerte Braga é Jornalista

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