segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Literatura


 "OS ALEMÃES E A BORBOLETA"
Trazer a público o que ele sabia e proporcionar ao leitor as mesmas emoções que teve ao escrever. Estes são os motivos que levaram o advogado e contador Vicente de Paulo Clemente (foto) a escrever "OS ALEMÃES E A BORBOLETA"
A ancestralidade alemã foi fundamental para que o autor começasse sua investigação que durou 20 anos entre entrevistas, pesquisas históricas, documentação e, por fim, a viagem no caminho inverso ao que foi feito por seu trisavô.
O livro trata da história da imigração alemã em Juiz de Fora, direcionada à antiga colônia D. Pedro II que engloba as ruas Paula Lima, Bernardo Mascarenhas, o Morro da Glória, e as regiões de Mariano Procópio, Borboleta e São Pedro. 
Para o autor, a colonização alemã em Juiz de Fora "é um diamante de várias facetas". Uma delas é o livro que, como ele explica, tem muitas coisas que não foram ditas pelos entrevistados, mas sentidas e percebidas pelo narrador, que é uma testemunha dos fatos contados nos livro.
A obra está dividida em quatro partes.
Na primeira, conta a saída dos alemães de sua terra natal e a chegada ao Brasil, quando misturavam saudade e esperança no olhar.
Na segunda parte trata das dificuldades iniciais ao chegarem na cidade e as estórias dessas pessoas contadas em crônicas. Essas crônicas foram escritas ao longo de 20 anos e divulgadas na mídia local. É nesse momento, também, que Vicente de Paula Clemente relata a viagem que fez de volta à Alemanha com sua esposa em 2007.
Já na terceira parte, o autor apresenta uma relíquia garimpada no porto de Hamburgo pelo engenheiro Manfred Lewalter: uma lista de embarque de passageiros de 1858. "São 1.200 nomes, idades, profissão e sexo dos passageiros de cada um dos cinco barcos que chegaram ao Rio de Janeiro naquele ano".
Entre os tripulantes, estava o trisavô do autor, que era cantoneiro, ou seja, trabalhava dando forma à pedra bruta. Atividade fundamental para a construção da Estrada União Indústria, motivo pelo qual esses alemães vieram para Juiz de Fora.
Na quarta parte, a obra traz uma memória fotográfica e histórias das famílias que habitavam a colônia D. Pedro II. 
De sua viagem à Alemanha, Vicente acrescentou fotos e relatos de cada cidade que passou em um retorno nostálgico aos locais que seus antepassados viram pela última vez antes de chegarem em Juiz de Fora.

Um comentário:

J. Begatti disse...

Excelente a obra do amigo Vicente Paulo Clemente. Em sua terceira publicação Vicente explora com sabedoria o início da imigração alemã e a sua localização no bairro Borboleta de Juiz de Fora, ao mesmo tempo ele faz a rota inversa ao visitar a terra de seus antepassados. Excelente obra! Vale a pena ser lida.

J.Begatti