domingo, 10 de agosto de 2008

Operação de Volta para Pasárgada

Solto, Bejani diz que poderá ser candidato em 2010
O ex-prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, avisou hoje, em entrevista coletiva em Juiz de Fora: que ninguém se assuste se ele for candidato ao governo de Minas em 2010.
Ele disse ainda que poderá ser o fiel da balança nas eleições à Prefeitura de Juiz de Fora.
Bejani afirmou que oportunamente irá declarar o seu voto e colocará a sua base eleitoral a serviço de uma das candidaturas.
Concorrem em Juiz de Fora Custódio Mattos (PSDB), Tarcísio Delgado (PMDB), Margarida Salomão (PT), Rafael Pimenta (PCB), Victor Pontes (PSTU) e omar peres (pv).
Bejani passou o dia dos pais com os cinco filhos em Juiz de Fora. Seis quilos mais magro, o ex-prefeito foi solto ontem, às 23h da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele estava preso desde 12 de junho, em decorrência da Operação de Volta para Pasárgada, da Polícia Federal, sob a acusação de que o R$ 1,2 milhão apreendido em 9 de abril durante a Operação Pasárgada, teria origem ilícita. Bejani foi indiciado pela Polícia Federal e responde a acusações de ameaça, formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, concussão, corrupção passiva e prevaricação. Embora o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, tenha deferido liminar determinando a soltura de Bejani na sexta-feira por volta das 23h, levou quase 24 horas para que o alvará chegasse à Penitenciária Nelson Hungria. Segundo o advogado de Bejani, Marcelo Leonardo, o STF comunicou a revogação da prisão ao Tribunal Regional Federal (TRF). O TRF entendeu não ser competente para cumprir a ordem de relaxamento da prisão, já que, o principal argumento utilizado pela defesa foi de que o TRF não teria competência para decretar a prisão. O expediente foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). No início da noite de ontem, o ministro Nilson Naves determinou o cumprimento da liminar e transmitiu a ordem para a Justiça Federal, em Belo Horizonte.
O juiz plantonista Rodrigo Rigamonte Fonseca expediu o alvará. 
Bejani era candidato à reeleição em Juiz de Fora, mas, diante das acusações e de seu envolvimento na Operação Pasárgada, optou por renunciar ao cargo, para evitar um processo de cassação na Câmara Municipal. Com isso, ele preservou os direitos políticos e, se os processos em que é réu não tiverem transitado em julgado até as eleições de 2010, - ou mesmo, se ele for eventualmente absolvido - poderá concorrer a uma cadeira na Assembléia Legislativa.

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