Tinha que ser sofrido, mas nesta quarta-feira, com mais de 75 mil tricolores no Maracanã, os jogadores do Fluminense escreveram um dos mais belos capítulos na história do clube. Com uma vitória de virada por 3 a 1, o time do técnico Renato Gaúcho passou pelo favoritíssimo Boca Juniors e decide, pela primeira vez, a Copa Libertadores.
Vale lembrar que o adversário do Fluminense na final da competição mais importante entre clubes da América é a LDU, do Equador, primeiro adversário do Tricolor na competição.
PRIMEIRO TEMPO: FLU SE SEGURA NA DEFESA
Ao contrário do que se esperava, Renato Gaúcho escalou Cícero mais adiantado, dando mais opções para o ataque do Fluminense e pressionando a saída de bola do adversário. Mais atrás, Ygor e Arouca protegiam com segurança a entrada da área e davam tranqüilidade para a defesa. Por falar em tranqüilidade, o time do Boca se segurava atrás e não demonstrava nervosismo por ter de jogar contra o tempo.
Com lances de perigo para ambos os lados, a partida estava equilibrada, mas a partir dos 17 minutos o Tricolor, que jogava bem até então, recuou e, com isso, fez o adversário crescer em campo. Irritado, Renato Gaúcho pedia para o time sair da retranca. Nas arquibancadas, os quase 80 mil tricolores faziam a sua parte e, com vaias, ajudavam o time a parar o ímpeto adversário.
Na base do contra-ataque o Fluminense, muito nevorso, tentava impor seu futebol, mas, mais uma vez, contava com a ótima atuação de Fernando Henrique para segurar o 0 a 0. Fim do primeiro tempo e promessa de mais 45 minutos emocionantes.
SEGUNDO TEMPO: VIRADA SENSACIONAL
Muito mais ligado, o time do Fluminense voltou querendo jogo, mas esbarrava em um adversário experiente e bem armado em campo. No ataque, o Tricolor das Laranjeiras pecou em dar espaços na defesa e acabou sendo castigado por isso. Aos 12 minutos, após cruzamento despretensioso da esquerda, Palermo, na pequena área, só escorou para tirar o zero do placar.
Diante de um "silêncio ensurdesedor" no Maracanã, o time do técnico Renato Gaúcho não ia desistir tão facilmente. Bola rolando e muita disposição. Símbolo da valentia tricolor, a estrela de Washington voltou a brilhar em mais um jogo decisivo. Em cobrança de falta perfeita, no ângulo esquerdo de Migliore, o camisa 9 deixou tudo igual aos 17 minutos.
Muita festa nas arquibancadas, mas o melhor ainda estava por vir e tinha que sair dos pés de um compatriota. Em contra-ataque fulminante, aos 26 minutos, o argentino Conca recebeu livre pela esquerda e chutou da entrada da área. A bola ainda desviou na zaga adversária antes de estufar a rede.
O gol de Dodô, já nos acréscimos, só veio para aumentar ainda mais a festa de todos os Tricolores. Com mais uma vitória no Maracanã, o Fluminense faz história e está na final da Libertadores. O time do técnico Renato Gaúcho encara agora a LDU, do Equador.
FICHA TÉCNICA:
FLUMINENSE 3 X 1 BOCA JUNIORS
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)Data/hora: 04/6/2008 - 21h50min (de Brasília)Árbitro: Carlos Torres (PAR)Auxiliares: Manuel Bernal (PAR) e Emigdio Ruiz (PAR)
Renda/público: R$ 1.729.117,50 / 78.856 pagantes
Cartões amarelos: Washington, Arouca, Thiago Neves, Gabriel, Fernando Henrique (FLU); Riquelme, Palermo (BOC)Cartões vermelhos: Não houve
GOLS: Palermo, 12'/2ºT (0-1); Washington, 17'/2ºT (1-1); Conca, 26'/2ºT (2-1), Dodô, 47'/2ºT (3-1)
FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor (Dodô, 15'/2ºT), Arouca, Cícero, Conca e Thiago Neves (Maurício, 33'/2ºT); Washington (Roger, 47'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.
BOCA JUNIORS: Pablo Migliore, Hugo Ibarra, Julio Cáceres, Gabriel Paletta e Morel Rodríguez (Boselli, 33'/2ºT); Vargas (Ledesma, intervalo), Battaglia, Dátolo (Chavez, 39'/2ºT) e Riquelme; Palacio e Martín Palermo. Técnico: Carlos Ischia.
Um comentário:
Mais uma vez o Fluminense mostrou a América que ninguém pode desmerecê-lo sem conhecer nosso time e nossa torcida direito!
Parabéns ao Fluminense e parabéns à torcida tricolor, que linda festa no Maracanã!!!!!
E com humildade, enfrentaremos a LDU na final!!!!
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