quarta-feira, 4 de junho de 2008

Auditor quer ser indenizado por esperar atendimento em fila de banco por 1h32

Daniela Zanotti - Vitória-ES
Bancos lotados, filas enormes, pessoas em pé, cansadas de esperar. São problemas enfrentados diariamente por quem procura os serviços das agências bancárias. Uma situação que não foi esquecida pelo auditor contábil Max Ferreira, de 35 anos. No dia 12 de maio ele permaneceu durante 1h32 em uma fila de banco. Revoltado por ter sido ignorado pelo gerente, o auditor guardou a senha que comprova o tempo de espera e resolveu entrar com um processo no Juizado Especial Cível de Viana. “Permaneci na fila por 1hora e 32 minutos. Antes desse período todo, solicitei ao gerente que ele agilizasse o atendimento no caixa e ele disse para mim que havia outros bancos que eu poderia me dirigir, eu aguardei no final da fila, me dirigi novamente a ele e solicitei que ele assinasse o horário que eu fiquei, ele não assinou, mas me deu um comprovante. Isso é um absurdo”, contou Max Ferreira.
Como o auditor vive de comissões e perdeu dinheiro por um contrato que não foi assinado, ele pede uma indenização de R$ 4 mil por danos morais. A audiência conciliatória está marcada para o dia 12 de junho. Segundo a chefe da secretaria do Juizado Especial Cível de Viana, Márcia Esteves, no geral, há poucos processos dessa natureza tramitando nos juizados de pequenas causas.
“Temos hoje três processos tramitando no juizado de Viana. Quando a pessoa se sentir lesada por estar demorando na fila do banco por mais de 15 minutos, tem que ter testemunhas, primeiro falar com o gerente do banco, para avisar da demora, se ele não tomar nenhuma providência o cidadão tem direito a abrir uma ação em qualquer juizado da sua cidade”, orientou. Nos Juizados Especiais, a indenização pode chegar a 40 salários mínimos(R$ 16,6 mil). Só neste ano, o Procon Estadual autuou 25 instituições bancárias por descumprirem as leis que determinam o tempo limite. O tempo de permanência em filas de banco na Grande Vitória é de 15 minutos. O consumidor que se sentir lesado ou quiser denunciar, pode entrar em contato com o Procon por meio do telefone 151.
Colaboração: Carlos Macedo

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