domingo, 20 de abril de 2008

Tupi

Trabalho reconhecido Ricardo Beghini Diferentemente do que se poderia imaginar, o clima no vestiário do Tupi não foi de desolação depois da derrota. Todos concordavam que o time fez uma boa apresentação, principalmente, no primeiro tempo, tanto é que os jogadores deixaram o campo aplaudidos pela torcida. “Pecamos no último passe, mas o grupo e a torcida estão de parabéns”, disse o atacante Ademílson, evitando o clima de lamento. O zagueiro Sílvio fez coro com Ademílson: “O empate não interessava e o problema foi a finalização”. O volante Caetano, que retornou à equipe, depois de cumprir suspensão, no primeiro duelo da semifinal, avaliou que o resultado foi injusto. “Dominamos os 90 minutos, mas o gol não saiu, porque Deus não quis”, declarou. Outro zagueiro, Cedrola, que teve atuação segura, especialmente, na primeira etapa, foi dos que mais sentiram a derrota. Natural de Juiz de Fora, disse que a cidade merecia ter um representante na final. Já o técnico João Carlos evitou falar que o maior erro foram as conclusões. Mas considerou que as mexidas no segundo tempo atrapalharam: “O time então não criou tanto”. Na etapa complementar, o armador Silas sofreu uma contusão e cedeu a vaga para Hugo. O volante Anderson Feijão entrou no lugar de Lucas e o atacante Allan foi substituído por Eraldo, artilheiro da equipe, mas os gols não aconteceram. “Deveríamos ter criado mais. Os últimos 45 minutos eram fundamentais”, avaliou João Carlos, que assumiu a equipe no meio da competição, depois que Moacir Júnior receber proposta do Ipatinga. Para ele, a grandiosidade do Atlético pesou, mas não culpou a arbitragem, apesar das reclamações dos torcedores. “Só não gostei das caretas que ele fez para o banco, mas não foi o responsável pela derrota.” PROJETO OUSADO João Carlos disse também que ninguém pode baixar a cabeça. O momento é de pensar no futuro. Com a conquista do segundo lugar na Taça Minas, ano passado, o time vai disputar a Série C do Campeonato Brasileiro. “Terça-feira, teremos uma reunião para decidir se eu fico.” O técnico destacou que o Tupi tem como projeto conseguir uma vaga na Série B. O presidente Áureo Fortuna fez coro: “Hoje, somos a terceira força do futebol mineiro”.

Minha Opinião:

O Tupi superou metas, só não foi mais longe porque não teve ataque. A dupla AA (Allan e Ademilson), definitivamente não funcionou e não vai deixar saudades. Eraldo demonstrou ser jogador de segundo tempo, ainda assim, foi o artilheiro da equipe. O meio-campo foi o ponto forte da time, de seis a oito bons jogadoes, para quatro vagas. A zaga não inspirou confiança. Os dois treinadores não perceberam que Cedrola e Sílvio são os titulares. O goleiro, esse uma grande decepção, não joga o que acham que ele joga. Duas falhas nos 3 x 0 para o Atlético em Belo Horizonte, duas falhas nos 2 x 1 para o Cruzeiro em Juiz de Fora. Para culminar, encerrou o campeonato, e espero que tenha encerrado o ciclo dele no Tupi, tomando um gol de letra. É um fato curioso, já que o preparador de goleiros do Tupi, Walker Campos, é de alto nível. A única grande defesa do goleiro foi contra o Atlético, no ano passado, num chute do Marcinho. João Carlos, um carioca com conduta mineira, discreto e inteligente. Jogou com sabedoria e sem se acorvadar. O técnico anterior não vai ser lembrado. Vai sim, conseguiu colocar um time de prepotentes no Módulo 2.

Carlos Ferreira

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