sábado, 26 de abril de 2008

Isabella Nardoni

Promotor diz que assassino escolheu jogar Isabella em gramado

FLÁVIO FERREIRA

do Agora O promotor Francisco José Taddei Cembranelli, responsável pelo caso Isabella, afirmou que o assassino da menina desejou que ela não se machucasse muito após ser jogada do sexto andar e, por isso, escolheu lançá-la do quarto dos irmãos da menina, com isso ela caiu no gramado e não em uma calçada de granito do prédio. Cembranelli afirmou que já há no inquérito provas de que Alexandre Nardoni e Anna Jatobá estavam no apartamento do casal no momento em que o crime ocorreu. As afirmações foram feitas em entrevista no final da tarde de sexta-feira (24/04), após reunião de três horas e meia com a delegada-assistente Renata Pontes, que investiga o caso. Isabella foi jogada do quarto dos irmãos, e não do próprio quarto dela, onde teria sido deixada dormindo, segundo a versão de Nardoni. "Ela [Isabella] foi arremessada do outro quarto porque os danos físicos seriam bem menores. Se ela fosse jogada do quarto dela, os danos seriam muito maiores. Ela cairia direto no granito. E no outro quarto ela acabou caindo em cima da grama. Se fosse um monstro [o autor do crime], como dizem os indiciados, certamente ele não se preocuparia com isso. Ele a arremessaria de qualquer lugar e de qualquer jeito", afirmou. "Isabella foi cuidadosamente introduzida pelo buraco, foi segurada por um certo tempo pelas mãos e aí, delicadamente - se é que se pode usar essa palavra-, soltaram suas mãos e ela despencou no vazio", disse. Na entrevista, o promotor também deixou clara sua convicção de que o casal teve envolvimento na morte de Isabella. "Há indícios suficientes para indicar que a família toda subiu junto e estava no apartamento no momento em que Isabella foi lançada", afirmou. O promotor contestou a afirmação dos advogados do casal de que os laudos do inquérito são inconclusivos sobre a existência de sangue de Isabella no carro da família. "Parece que o laudo não foi lido. A conclusão é clara, absolutamente clara. Só não vê quem não quer. Temos a posição de Isabella no carro, confirmada pelo próprio casal, e são marcas (de sangue) bastante significativas. Isso e outros fatores-- eu não pretendo entrar agora na discussão disso-- permitem concluir que se tratava de sangue de Isabella", afirmou. Indagado sobre a possibilidade de um dos indiciados ser acusado apenas por lesão corporal grave, em virtude do asfixiamento de Isabella, Cembranelli descartou a hipótese. "Nem considero a possibilidade de haver a existência de outro delito que não um homicídio doloso", disse. O promotor reafirmou que a cena do crime foi modificada. "O local foi alterado. Tentou-se maquiar a versão verdadeira", disse. Leia mais Polícia prepara reconstituição da morte de Isabella; rua será interditada Polícia convoca casal para reconstituição do caso Isabella; trabalhos ocorrem domingo Outro lado "Deus é nossa única testemunha", dizem pai e madrasta de Isabella à TV "Não julguem para não serem julgados", diz advogado de pai e madrasta de Isabella Alexandre se entregaria se fosse culpado, diz pai Especial Leia cobertura completa do caso Isabella

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