quarta-feira, 5 de março de 2008
Dúvidas no trânsito de Juiz de Fora
Falhas na sinalização confundem motoristas
por Telma Elisa
Dirigir pelas ruas de Juiz de Fora não é tarefa fácil. As falhas na sinalização horizontal confundem motoristas e pedestres em vários pontos. Faixas desgastadas e pouca nitidez de outros sinais pintados na pista foram os principais problemas encontrados nas vias centrais.
No Bairro Santa Helena, a sinalização vertical na Rua Barão de Cataguases indica sentido proibido para quem tenta convergir à esquerda para a Rua Tiradentes. No entanto, o motorista pode ficar embaraçado por causa da sinalização horizontal antiga pintada no asfalto. No local, o condutor se depara com pinturas, induzindo-o ao erro. Entre elas, uma seta, para virar à esquerda, além de um “pare”, onde o comando não deve ser seguido. “É perigoso para quem dirige, que se confunde na hora de convergir, e para o pedestre que não sabe se pode atravessar em segurança”, diz a dona de casa Maria Perpétua Oliveira, 56 anos, que caminha diariamente pelo trecho.
O porteiro Gilson Mendes, 44, que trabalha em um prédio em frente ao ponto de conflito, acostumou-se com freadas e tentativas frustradas de motoristas desavisados. “Não há um dia que eu não veja alguém tentando virar à esquerda e se deparando com a proibição, ao ser surpreendido por carros no sentido contrário, saindo da Tiradentes.” Ainda no Santa Helena, mas na esquina da Silva Jardim com a Olegário Maciel, uma indicação de ‘pare’ bem sinalizada no asfalto confunde quem desce a rua. A via mudou de mão em agosto de 2006, quando foi implantada a mão única em trecho da Olegário, mas não teve apagado o aviso que alertava quem subia no trecho antes da alteração.
Outra situação comum em boa parte dos cruzamentos é o desgaste da faixa de pedestres, que desaparece em alguns trechos. A situação piora nos locais que foram recapeados, sem que nova pintura fosse feita. “Não custava dar uma mão de tinta. Tem hora que a gente não enxerga mesmo”, reclama o padeiro André Luiz Soares, 43, que circulava na Santo Antônio com a Barão de Cataguases, no Centro.
No Alto dos Passos, Zona Sul, a falta de reforço na pintura da faixa de pedestres em frente à Escola Estadual Mariano Procópio, na Rua Moraes e Castro, obriga pais de alunos e funcionários da escola a contarem com a sorte na travessia. “Muitos motoristas não enxergam a tinta que resta no asfalto e, mesmo com quebra-molas, seguem sem reduzir a velocidade”, diz uma funcionária. O aposentado Ilton José de Cerqueira, 75, mora em frente ao colégio há mais de 25 anos e não se acostuma com as freadas que ocorrem na via. “Tem gente que passa por aqui três vezes por dia, mas não obedece a sinalização. Mas com a faixa apagada fica difícil cobrar mais atenção destes motoristas.”
Trechos revisados
O presidente da Associação de Taxistas, Luiz Gonzaga, também reclama. “Passar pela Avenida Brasil, principalmente perto da ponte da Rua Halfeld, e à noite, é arriscado. As faixas estão apagadas e, às vezes, o motorista do carro ao lado está mais desavisado que nós, que percorremos a cidade toda.”
Para o instrutor da Centro de Formação de Condutores Catedral, Anderson Ventura Botelho, o aumento da frota de veículos precisa ser encarado como um pedido de revisões eficientes na sinalização. Segundo ele, além de retocar pintura e reforçar sinalizações verticais, é preciso rever as conseqüências do aumento do fluxo em alguns trechos. “Na esquina da Independência com Getúlio Vargas, cresce o risco de acidentes, simplesmente pela inexistência de placas mais chamativas e de um redutor de velocidade.”
O diretor de operações da Gettran, Paulo Delgado, reconhece o problema e lamenta que o órgão não tenha equipe para monitorar todas as áreas afetadas. Informa, porém, que trabalhos de recobrimento do asfalto com uso de solvente específico são realizados regularmente. “Entretanto, este processo precisa ser repetido várias vezes, para que a mistura penetre no asfalto e tenha o efeito acentuado, funcionando como sinalizador.” Ele acrescenta que um trabalho de reforço na pintura horizontal será feito na Avenida Brasil.
Fonte:
http://www.tribunademinas.com.br/
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