segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Literatura

"Democrata: A pantera cor-de-raça"

O livro, em 160 páginas, aborda a implantação do futebol no povoado de Figueira do Rio Doce, em 1920, sua evolução, os primeiros clubes de futebol e o nascimento do Esporte Clube Democrata, em 13 de Fevereiro de 1932.

Resultado de uma apuração jornalística, feita com fontes documentais, bibliográficas, entrevistas e depoimentos, o livro corrige várias informações já divulgadas sobre o surgimento do Democrata. O autor explica que ao mesmo tempo que resgata as origens do clube, mostra como surgiu a maior torcida organizada do interior de Minas Gerais, a Pantera Cor-de-Raça, e destaca três grandes conquistas do Democrata na "Era Cor-de-Raça": vice-Campeão Mineiro de 1991, Campeão Mineiro de Juniores (2003) e Campeão Mineiro do Módulo II (2005).

Ilustrado com fotos raras dos primeiros clubes de futebol da Figueira e momentos da vida social deste povoado que deu origem a Governador Valadares, o livro também traz fotos dos melhores times do Democrata e fotos da torcida Pantera Cor-de-Raça em 1991. Ao ler a obra, o leitor vai entender porque o Democrata é o maior patrimônio da cidade, e a sua torcida, o seu maior patrimônio. É pra comemorar 100 anos da inauguração de Estação Figueira, 90 anos de implantação do futebol em Figueira/Governador Valadares e os 78 anos da Pantera! ÔôÔô, vamos vencer, Demô!

No livro, uma das curiosidades diz respeito à fundação. "As pessoas sempre diziam que o Democrata nasceu de uma briga entre jogadores do já extinto Flamengo, do distrito de Figueira do Rio Doce, hoje Governador Valadares, depois de vexatória goleada para o Palestra Itália, do distrito de Cachoeirinha, hoje a cidade de Tumiritinga. Na verdade, foram os jogadores do Ibituruna Foot-Ball Club, outro time da Figueira do Rio Doce, que atuaram nessa partida", conta o autor.

Para chegar à verdadeira história, Tim Filho ouviu jogadores da época e reuniu um acervo raro de documentos. Segundo os levantamentos, a goleada ocorreu em 9 de fevereiro de 1932, véspera de carnaval. Os jogadores do Ibituruna viajaram num trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) até Cachoeirinha depois de terem "bebido todas". Na volta para casa, houve uma generalizada discussão entre os atletas e o time foi dissolvido. Quatro dias depois, parte dos jogadores do Ibituruna se reuniu e fundou o Democrata.

O autor
Alpiniano Silva Filho (Tim Filho) é mineiro de Figueira do Rio Doce, cidade que em 1938 mudou de nome, para Governador Valadares. É jornalista, chargista e produtor cultural. Trabalhou no jornal Estado de Minas entre 1994 e 2001.

Já publicou charges no Diário Valadarense, Hoje em Dia e atualmente publica no Jornal de Domingo. Organiza desde 1999 o Festival de Jazz de Governador Valadares, evento que traz à cidade e região os melhores músicos do Brasil e do mundo.

Torcedor fanático do Esporte Clube Democrata, ajudou a fundar em 1988, a Torcida Organizada Pantera Corde-Raça, a maior torcida organizada do interior de Minas Gerais, o décimo segundo jogador da Pantera e que faz a

Festa do futebol no Mamudão.
O amor que tem pelo Democrata é o mesmo que tem por sua cidade. Ao contrário dos seus conterrâneos, aves de arribação rumo ao sonho americano, preferiu fincar suas raízes na planície ensolarada banhada pelo Rio Doce, à sombra da Ibituruna, a grande esfinge guardiã do povo da Figueira, bela, impávida e colossal.

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