segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dia do Idoso

Há no Brasil controvérsias sobre o dia dia do idoso, 27 de fevereiro, 27 de setembro ou 01º de outubro.

Exemplo de vida na 03ª idade é a da Senhora Carolina de Assis Repetto, dona Lilina (foto), que comemorou 90 anos no último dia 17/09 e contou com a celebração de uma missa em Ação de Graças na capela de Nossa Senhora da Glória, na Fazenda da Floresta.

Primeira aviadora de Minas, dona Lilina recebeu o brevê em 1939, quando tinha 19 anos. Durante o curso de pilotagem conheceu Roberto Repetto, outro adepto dos aviões, com quem se casou e teve nove filhos: Beatriz, Marcelo, Renato, Ana Maria, Luiz Roberto, Madalena, Carlos, Lalu e Julia. Depois vieram os 18 netos e oito bisnetos.

Há vários anos residindo na Florestinha, região nobre do bairro Floresta, dona Lilina projetou boa parte das casas do condomínio, o que repercutiu com destaque em revistas especializadas em arquitetura.

O fato a lamentar foi a perda recente do filho Renato de Asis Repetto, na tragédia de Angra dos Reis, do dia 01º de janeiro. No dia 03 de janeiro, mesmo na época, aos 89 anos, dona Lilina acompanhou, no cemitério São João Batista, na zona sul do Rio de Janeiro, os sepultamos do filho Renato, da nora Ilza Maria Rolland e das bisnetas Gabriela e Geovana Ribaski Brazil Repetto, netas de Marcelo de Assis Repetto.

Na tragédia ficaram feridos Marcelo de Assis Repetto Filho e Cláudia Ribaski Brazil Repetto, pais de Gabriela e Geovana.
 
A única escola do bairro Floresta, E.M. Carolina de Assis é uma homenagem a avó de dona Lilina.

Um comentário:

Carlos Ferreira disse...

Sobreviventes de tragédias reconstroem suas vidas
Vítimas de tragédias revelam o espírito de esperança que se renova para o ano que se inicia
Em mais um início de ano, quando várias pessoas renovam suas esperanças em um novo tempo, a Tribuna encontrou exemplos de juiz-foranos que foram vítimas de tragédias ou estiveram expostos à criminalidade violenta, mas que tiveram fé e força, driblando a morte e as adversidades. Hoje elas são exemplos de superação e provam que o recomeço é possível.
"A mensagem que deixo para outras pessoas que passaram por situações tristes é de que não há conforto do lado de fora. O conforto vem de dentro. É preciso buscar dentro de si algo bom e ver a situação com outros olhos e perceber que, mesmo com as perdas, é possível visualizar coisas boas. Se perdeu, é porque teve. Sei que o mais fácil para quem passa por situações como essa é a entrega, pois o buraco já se abriu, é só se jogar. Olhar para dentro do coração, seja lá em nome do que, mas é preciso ter esperança." A mensagem é de Cláudia Repetto, que não tem apenas um motivo para comemorar, mas três: Flora, Valentina e Felipe. Os trigêmeos, que nasceram em 8 de novembro, chegaram para iluminar a família, que há quatro anos viveu dias de escuridão. A jornalista de 46 anos e o marido juiz-forano, Marcelo Repetto Filho, 49, foram soterrados depois que uma avalanche de lama e pedras atingiu a casa que haviam alugado para passar o Réveillon na Enseada do Bananal em Ilha Grande, Angra dos Reis (RJ). Além do casal, que passou um mês no hospital, outras quatro pessoas estavam na casa e não sobreviveram, entre elas as duas filhas, Geovana e Gabriela, com 12 e 9 anos, na época.
"A luz da vida naquele momento se apagou", resume Cláudia, ao relembrar o dia 1º de janeiro de 2010. Mas, no último Réveillon, a história misturou felicidade, fraldas e mamadas. Entre a rotina corrida de mãe, Cláudia encontrou um tempo para conversar com a Tribuna e relatar sua fortaleza diante da vida. "Achava que minha família estava completa, que havia completado este ciclo. Elas sempre pediam um irmão, e eu falava em adotar um menino. Minha família era linda e perfeita, até que, naquela passagem de ano, acordamos com uma perda terrível. Aos poucos, fui construindo a ideia de reconstruir a família, pois amor de filho é eterno, não acaba nunca, e o coração de mãe e pai é elástico, ama e vai sempre acrescentando amor. Comecei a pensar que, se eu tivesse outros filhos, poderia reacender essa luz para mim e para minha família." Hoje a casa está iluminada: com um menino e duas meninas. Valentina foi a última a chegar em casa, no dia 15 de dezembro, após alta da Maternidade Perinatal, no Rio.
Fonte: www.tribunademinas.com.br