terça-feira, 27 de abril de 2010

Os 10 Mais: As maiores decepções da história das Copas

Comentaristas esportivos escolheram episódios marcantes dos Mundiais
Um pênalti desperdiçado por um craque, uma promessa que desencantou, um atacante apagado dentro de campo. Na história das Copas do Mundo, não faltaram momentos de desilusões. Mas quais foram as principais decepções da competição?

Para responder a essa questão, o clicEsportes conversou com comentaristas de futebol do país e listou, na matéria que dá sequência à série Os 10 Mais, os fatos mais lembrados.

Maracanazo: Uruguai vence Brasil em casa em 1950
Final da Copa do Mundo de 1950 no Brasil. A torcida brasileira lotou o Maracanã para ver a Seleção levantar a taça. Afinal, o time tinha chegado à final de forma invicta, e contava com craques como Ademir, Nilton Santos e Zizinho. Além disso, bastava um empate. Dias antes da final, imprensa e público já falavam do Brasil como o campeão.

Com a bola rolando, Friaça abriu o placar para os donos da casa aos dois minutos do segundo tempo. Mas, com gols de Schiaffino e Gigghia, o Uruguai virou a partida e calou o Maracanã. O episódio ficou conhecido como Maracanazo.

Eliminação do Brasil na Copa da Espanha em 1982

O Brasil chegou à Espanha como um dos favoritos. Até hoje, a equipe do técnico Telê Santana, formada por craques como Falcão, Zico, Sócrates e Júnior, é considerada uma das melhores de todos os tempos.

Depois de três vitórias na fase de grupos e vitória contra a Argentina na segunda fase, o Brasil decidiu uma vaga nas semifinais com a Itália. Em dia inspirado de Paolo Rossi, que marcou três vezes, os italianos venceram por 3 a 2 e acabaram com o sonho brasileiro. A Itália foi campeã naquele ano.

Pênalti de Zico na Copa do México em 1986

Brasil e França disputavam uma vaga nas semifinais da competição. Logo aos 17 minutos do primeiro tempo, Careca abriu o placar para os brasileiros. Aos 40, o craque Michel Platini empatou. Aos 30 da segunda etapa, Branco sofreu pênalti. E Zico, que havia entrado no lugar de Müller, teve a chance de decidir a partida. Cobrou a infração, mas chutou nas mãos do goleiro Joel Bats. O jogo foi para a prorrogação, mas continuou empatado. Nos pênaltis, a França levou a melhor e se classificou.

— O Zico, que era para ser o craque, entrou e errou o pênalti. Eu era moleque e estava torcendo. Foi uma grande decepção — afirma Eduardo Vieira da Costa, editor de esportes da Folha Online.

Derrota do Brasil para a Argentina na Copa da Itália em 1990
Perder um jogo de Copa do Mundo é ruim. Mas perder e ser desclassificado para o maior rival é ainda pior. Em 1990, depois de se classificar em primeiro no Grupo C, o Brasil enfrentou nas oitavas de final a Argentina, que havia terminado a primeira fase na terceira posição do Grupo B. Aos 35 minutos do segundo tempo, Maradona deu o passe para Caniggia marcar o gol que desclassificou o Brasil da competição. Os argentinos chegaram até a final, mas perderam o título para a Alemanha.

Campanha da Colômbia na Copa dos EUA em 1994

Depois de uma atuação de luxo nas Eliminatórias Sul-Americanas, com direito a goleada sobre a Argentina por 5 a 0 em pleno Monumental de Nuñez, a Colômbia chegou à Copa dos EUA como favorita. Porém, o time de Rincón, Asprilla e Valderrama decepcionou e foi eliminado na fase de grupos com a última colocação da chave – derrotas para Romênia e EUA e vitória sobre a Suíça.

Após a competição, o zagueiro Escobar, que marcou um gol contra na partida diante dos norte-americanos, foi assassinado na Colômbia.

Doping de Maradona na Copa do Mundo dos EUA em 1994
Após a partida Argentina 2x1 Nigéria, Diego Armando Maradona foi sorteado para realizar o exame antidoping. E o teste deu positivo para o uso de efedrina. Era a quarta Copa do craque argentino, e a 21ª partida dele em Mundiais.

A Fifa suspendeu o atleta por um ano e aplicou uma multa. Antes de Maradona, apenas dois casos de doping haviam acontecido na história das Copas: Jean-Joseph, do Haiti, na Alemanha em 1974, e Willie Johnston, da Escócia, na Argentina em 1978.

— Nos poucos jogos que ele fez, ele estava em uma forma sensacional. Ele poderia ter abrilhantado ainda mais a Copa — afirma Caio Maia, redator-chefe da Revista ESPN.

Pênalti de Baggio na final da Copa dos EUA em 1994
Final da Copa. Brasil e Itália decidem o título nos pênaltis. Última cobrança da seleção europeia. O craque da equipe azurra, Roberto Baggio, pegou a bola para o chute. Os italianos já haviam desperdiçado duas cobranças e os brasileiros uma. Se fizesse o gol, a Itália empataria a séria e teria que torcer para o jogador brasileiro errar a quinta penalidade. Porém, Baggio chutou por cima da goleira e acabou com as esperanças da Itália em conquistar o tetra.

Ronaldo na final da Copa da França em 1998
atacante Ronaldo participou da delegação da Copa de 1994, nos EUA, mas não entrou em campo. Quatro anos depois, chegou à Copa da França já consagrado no futebol europeu e em grande fase. Porém, na final, após sofrer uma convulsão no hotel em que a Seleção estava concentrada, jogou sem condições e sumiu em campo. O Brasil levou 3 a 0 dos franceses.

Campanha da França e Argentina na Copa da Coreia do Sul e do Japão em 2002


Campeã do Mundo em 1998, a França chegou ao Mundial de 2002 com um bom time e sendo apontada como uma das favoritas. Liderada por Zidane, a equipe decepcionou e terminou a primeira fase na última posição do Grupo A. Foram duas derrotas, para Senegal e Dinamarca, e um empate com o Uruguai. O time não marcou nenhum gol na competição.

Assim como a França, a Argentina chegou à Copa de 2002 com um time forte. Entre os principais jogadores estavam Batistuta, Crespo, Verón, Simeone e Sorín. O time estreou bem, vencendo a Nigéria por 1 a 0. Mas a derrota para a Inglaterra no segundo jogo complicou a situação do time do técnico Bielsa, e o empate em 1 a 1 com a Suécia na última partida da primeira fase eliminou os argentinos da competição de forma prematura.

— A França e a Argentina eram times fantástico em 2002, mas que chegaram completamente fora de forma na Copa. Não conseguiram render e saíram na primeira fase — diz Caio Maia.

Messi na Copa da Alemanha em 2006

Comparado a Maradona, o craque do Barcelona chegou à Copa da Alemanha como um dos favoritos a se tornar a revelação da competição. Porém, participou apenas de três partidas — começou como titular em uma — e não mostrou dentro de campo o mesmo futebol que o destacou no clube espanhol. A Argentina acabou desclassifica ao perder nos pênaltis para a Alemanha nas quartas de final.
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