quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Dia

Grupo português Ongoing compra diário carioca O Dia O grupo português Ongoing Strategy Investments, por meio da Empresa Jornal Econômico S.A. (Ejesa), comprou o diário carioca O Dia. O valor da negociação não foi divulgado pela empresa, mas agências internacionais informam que gira em torno de R$ 75 milhões. Com a aquisição, a Ejesa, que controla o Brasil Ecônomico, se torna uma das maiores publicadoras de jornais impressos do País. O Grupo O Dia publica O Dia, Meia Hora e Campeão, que possuem circulação média conjunta de 340 mil exemplares diários. Somando o Brasil Econômico, a Ejesa ultrapassa os 400 mil exemplares. “(Este acordo) constitui um passo decisivo e estruturante na concretização da linha estratégica de aposta nos mercados de língua portuguesa”, afirmou o presidente do grupo Ongoing, Nuno Vasconcellos. Para a presidente da Ejesa, Alexandra Vasconcellos, o negócio torna a empresa um player “relevante no setor de mídia no mercado brasileiro, com produtos que demonstram elevado potencial de expansão”. A funcionária do O Dia e presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blass, disse que até a tarde desta quinta-feira não havia nenhum comunicado interno, mas comemorou a negociação. "Ainda não houve nenhum comunicado oficial. Se isso acontecer é uma coisa muito boa, porque precisamos defender o pluralismo do mercado, garantir a continuidade do jornal e dos empregos, porque O Dia não estava tão bem como no começo", afirmou. A Ejesa adquiriu a totalidade do capital do grupo editorial O Dia. Pelo acordo, será mantido o Instituto Ary de Carvalho, que desenvolve ações sociais em áreas carentes do Rio de Janeiro. Em nota oficial, divulgada no início desta noite, o Grupo O Dia confirmou a negociação, mas disse que, por enquanto, a compra não inclui a rádio FM O Dia. O comunicado também esclarece que "a estrutura societária e operacional do Grupo O Dia não sofrerá qualquer tipo de alteração até que a operação seja efetivamente concretizada". Fonte: www.comunique-se.com.br

2 comentários:

Anônimo disse...

A Empresa Jornalística Econômico S.A. (Ejesa) - que edita o jornal "Brasil Econômico" - fechou a compra do grupo editorial O Dia por US$ 75 milhões. Segundo o diretor do "Brasil Econômico", Ricardo Galuppo, foi assinado na noite desta quarta-feira no Rio um memorando de intenções para a compra do grupo editorial, incluindo os jornais "O Dia", "Meia Hora" e "O Campeão", o site, a gráfica, a empresa de distribuição e imóveis, incluindo a sede na Rua do Riachuelo, no centro do Rio. Apenas a rádio FM O Dia ficou de fora.
Segundo ele, será feito um processo de due dilligence - no qual serão analisados os dados do grupo O Dia - por 60 dias.
- Se tudo der certo, e vai dar, a propriedade do grupo O Dia, com exceção das rádios, será da Ejesa ao fim de 60 dias - afirmou Galuppo - Concluída a negociação, 100% do grupo será da Ejesa.
A Ejesa tem participação de 30% do grupo português Ongoing Strategy Investments e 70% de Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos.
O grupo O Dia, fundado em 1951, foi comprado pelo jornalista Ary de Carvalho em 1983. Desde sua morte, em 2003, há especulações sobre a venda do grupo carioca e até o grupo Record, do bispo Edir Macedo, demonstrou interesse no negócio.
O memorando de intenções foi assinado pelas filhas e representantes do jornalista Ary de Carvalho - Ariane Carvalho Barros, Eliane Carvalho, Gigi Carvalho -, pelo próprio Galuppo e pelo diretor-presidente da Ejesa, José Mascarenhas.
Segundo Galuppo, a negociação durou cerca de dois meses e reforça a estratégia de crescimento da Ejesa no Brasil.
Segundo o "Brasil Econômico", o negócio torna a Ejesa uma das maiores empresas de comunicação do Brasil. Comunicado divulgado no site do jornal aponta que a circulação dos três títulos do grupo carioca - "O Dia", "Meia Hora" e "O Campeão" tem média diária de mais de 340 mil. Apenas o "Brasil Econômico", segundo Galuppo, tem tiragem média diária de 55 mil exemplares, sendo 10 mil pagos. A publicação foi lançada em outubro de 2009 e ainda não está entre os títulos com tiragem auditada pelo Instituto Verificador de Circulação.
Segundo dados do IVC, no entanto, a circulação média dos três títulos do grupo O Dia nos meses de janeiro e fevereiro deste ano foi de 219.494 exemplares por dia, sendo 150.660 do "Meia Hora" - 8ª maior tiragem no ranking do IVC -, 56.443 do "Dia" - 19ª posição pelo IVC - e 12.391 do "O Campeão" - jornal esportivo lançado em outubro do ano passado e na 68ª posição entre as publicações acompanhadas pelo IVC.
O Infoglobo, que reúne os jornais "O Globo", "Extra" e "Expresso", teve circulação média diária de 587.257 exemplares nos meses de janeiro e fevereiro. No mesmo período, a tiragem média diária do Grupo Folha - "Folha de S.Paulo" e "Agora São Paulo" - foi de 377.122 exemplares e a do Grupo Estado - "O Estado de S.Paulo" e "Jornal da Tarde" -, de 269.668.
No comunicado, a presidente do Conselho de Administração da Ejesa, Maria Alexandra Vasconcellos, destacou que o acordo transforma "O Dia" em "um player relevante no setor de mídia no Brasil, com produtos que demonstram elevado potencial de expansão".
Já o presidente do Conselho de Administração do Grupo Ongoing, Nuno Vasconcellos, apontou que o negócio "constitui um passo decisivo na estratégia de apostar nos mercados de língua portuguesa".
Planos de lançar jornal em Brasília
Ricardo Galuppo confirmou que o grupo estuda o lançamento de um jornal em Brasília.
O projeto de um jornal em Brasília está sendo acompanhado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Fonte: O GLOBO

Anônimo disse...

Desde a morte de Ary de Carvalho em 2003 e o afastamento de seu braço direito Fernando Portella, o jornal O Dia vem perdendo espaço no mercado carioca em meio ao conflito entre as herdeiras Gigi, Eliane e Ariane de Carvalho.

Fundado nos anos 50 pelo ex-governador paulista Adhemar de Barros, foi através do governador fluminense Chagas Freitas que o jornal se consagrou no segmento popular. Em 1983, Ary Carvalho comprou o título e o fez viver seu melhor período nos 20 anos em que controlou o título, chegando a liderança de circulação no Rio de Janeiro.

As rádios MPB FM e FM O Dia, controladas pelas herdeiras do Grupo O Dia, não entraram no negócio com o Ongoing. Ariane continuará a frente da MPB FM, da qual é sócia controladora, enquanto as irmãs Gigi e Liane ficam com a FM O Dia, onde dividem o comando. Os jornais e a gráfica eram os únicos negócios que tinham as três como sócias.

O grupo Ongoing passou a atuar no País em outubro do ano passado, com o lançamento em São Paulo do jornal Brasil Econômico, que segue os moldes do seu principal título impresso do mercado português, o Diário Econômico. Outros alvos teriam sido a Gazeta Mercantil e o Jornal do Brasil, mas o caos financeiro no qual mergulharam os títulos desde que Nelson Tanure assumiu o controle esfriou o ânimo dos portugueses. Já com O Dia a negociação fluiu bem, facilitado pelo desejo das herdeiras em se desfazerem do negócio.
As emissoras de Rádio

A Rádio MPB FM (90,3 MHz) - Aryane Carvalho continuará a frente da MPB FM, da qual é sócia controladora. A emissora opera a alguns anos fora da sede do grupo O Dia. Por sua frequência passaram as rádios Panorama FM (outorga original da emissora para o municipio de Nilópolis, Baixada Fluminense), a erudita Opus 90 (Sistema JB), Nova FM e FM O Dia (Grupo O Dia). A emissora carioca tem sob "aluguel" um andar na sede do Grupo Bandeirantes de Comunicação, em Botafogo, Zona Sul no Rio.

A Rádio FM O Dia (100,5 MHz) - As irmãs Gigi e Liane ficam com a FM O Dia, onde dividem o comando. Nesta frequência operou a rádio Nacional FM (rádiobrás), e a rádio RPC FM (Paulo César Ferreira). A emissora carioca (líder de audiência no Rio), deixa a sede do grupo O Dia e deve se instalar em breve num imóvel de propriedade de Gigi de Carvalho localizado na Av.Presidente Vargas no Centro do Rio.