segunda-feira, 29 de março de 2010

Armando Nogueira (Xapuri-AC, 14/01/1927 – Rio de Janeiro-RJ, 29/03/2010)

Morre no Rio de Janeiro, aos 83 anos, o jornalista Armando Nogueira   

O jornalista Armando Nogueira, criador do "Jornal Nacional", morreu hoje no Rio aos 83 anos. Segundo informações da Globo News, ele morreu em casa, na Lagoa, vítima de um câncer no cérebro, diagnosticado em 2007. 

Nascido em Xapuri, no Acre, em 14 de janeiro de 1927, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 17 anos e estudou Direito. Seu primeiro emprego como jornalista foi em 1950, na editoria de esportes do "Diário Carioca", onde trabalhou por 13 anos. Foi repórter, redator e colunista. Trabalhou ainda na "Revista Manchete", como redator-principal, e na revista "O Cruzeiro", com foi repórter fotográfico. Em 1959, entrou para o "Jornal do Brasil", onde foi redator e colunista. No JB, de 1961 a 1973, assinou a coluna diária "Na Grande Área". Como repórter, fez a cobertura de todas as Copas do Mundo a partir de 1954 e de todos os Jogos Olímpicos desde 1980. 

TV
Começou no telejornalismo em 1959, na antiga TV-Rio. De 1966 a 1990 foi diretor da Central Globo de Jornalismo da Rede Globo de Televisão, onde dirigia também a Divisão de Esportes. Em sua passagem pela Globo, Nogueira foi responsável pela implantação dos programas jornalísticos em rede nacional e pela criação dos programas "Jornal Nacional" e "Globo Repórter". O jornalista ainda trabalhou na TV Bandeirantes, no SporTV e na rádio CBN. 

História 
Filho de cearenses que emigraram para o Acre, nascido na mesma cidade onde também nasceu o seringueiro e líder sindical Chico Mendes. A partir de 1954, esteve presente na cobertura todas as Copas do Mundo e, desde 1980, de todos os Jogos Olímpicos. Manteve uma coluna reproduzida em 62 jornais brasileiros, um programa no canal por assinatura SporTV, um programa de rádio e um sítio na Internet. Era proprietário da Xapuri Produções, que fazia vídeos institucionais para empresas, para as quais também proferia palestras motivacionais. Era praticante de vôos em ultraleves, tendo sido fundador do clube carioca da modalidade e torcedor do Botafogo. 

Escritor
Escreveu dez livros, todos sobre esportes. 
Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto);
Na Grande Área;
Bola na Rede;
O Homem e a Bola;
Bola de Cristal;
O Vôo das Gazelas;
A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert);
O Canto dos Meus Amores;
 A Chama que não se Apaga.

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