quinta-feira, 11 de março de 2010

AM com som de FM

Rádios AM precisam de mudança de faixa para manter os ouvintes Paulo César Ferreira* O Rádio AM ocupa a mais antiga faixa de frequências a serviço da radiodifusão, entre 535 e 1.705 quilohertz (kHz). O rádio FM está na faixa de 87,5 a 108 megahertz (MHz). O total de estações de ondas médias (AM) no Brasil chega a 1.759, enquanto o FM são 2.838. Hoje, a e rádio AM sofre muitas interferências e vem perdendo a qualidade técnica, na recepção, por ingerências de fontes de ruído externas, tais como motores de veículos, interferência de computadores, bloqueios por prédios e lâmpadas fluorescentes, muito comuns em residências (raramente um táxi sintoniza uma rádio AM). O AM vem perdendo claramente mercado, conforme dados do Ibope sobre a audiência do meio rádio. O último boletim de audiência, referente a outubro/dezembro de 2009, para a Cidade do Rio de Janeiro, mostra que ela possui 23 rádios AMs, sendo que as cinco primeiras são: Globo, Tupi, CBN, Rio de Janeiro e Nova, e o percentual total de AM no universo rádio são de 24,0% contra 76,0%. Algumas empresas que possuem frequências nas duas faixas estão migrando o conteúdo do AM, geralmente de boa qualidade, para o FM. Estão também usando um novo veículo: a Internet. Com isto os ouvintes do AM vão perdendo cada vez mais o hábito de ouvir esta faixa desestimulando a fabricação de receptores. A solução mais provável é transferir as transmissões para faixas dos canais 5 e 6 de televisão, que serão abandonados pelas emissoras de TV ao passarem para a tecnologia digital. Não é difícil enfrentar e resolver o problema, desde que a Abert, as associações estaduais de radiodifusão e a indústria de receptores se unam em torno do ministro Hélio Costa, objetivando trocar a faixa de operação. *Paulo César Ferreira é Empresário de Radiodifusão. Fonte: www.odia.com.br

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