terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Villa Nova A.C.

Clube História Glória em Vermelho e Branco: Um Pouco da História do Leão do Bonfim Fundado em 28 de junho de 1908 por trabalhadores da Saint John Del Rey Mining Company Limited, o Villa Nova Atlético Clube é o segundo clube mais antigo de Minas Gerais em atividade, sendo superado apenas pelo Atlético que nasceu em 25 de março de 1908. Uma diferença de apenas três meses, portanto, separa o Leão do Bonfim do mais antigo. Nos primórdios da sua história, o município de Nova Lima chamava-se Villa Nova de Lima e os fundadores resolveram homenagear o antigo topônimo e mantiveram, inclusive, a grafia de Villa com dois "l" . Logo no início da sua bela trajetória, o Villa Nova consolidou-se como um dos mais tradicionais e aguerridos times de Minas Gerais e os títulos não demoraram a ser conquistados. Na década de 1930, época que marcou o fim do amadorismo e o início do profissionalismo, o Leão do Bonfim começou a rugir alto e em 1932 a equipe ganhou o Campeonato Mineiro promovido pela Associação Mineira de Esportes Geraes (AMEG) e fez o artilheiro do certame, Canhoto, com 12 gols. Havia uma cisão no futebol mineiro e dois torneios foram organizados por duas entidades distintas, sendo que a Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT) também promoveu uma disputa. Em 1933, aconteceu a unificação do futebol em Minas e, sob o manto do profissionalismo, o Villa Nova (foto) arrancou para a conquista do seu tricampeonato. Supercampeão em 1951 Os títulos de 1933/34/35 se inscreveram como um marco histórico, pois foi o primeiro tricampeonato da era profissional conquistado por um time mineiro. O Villa Nova voltaria a ser campeão em 1951 (foto), numa célebre Final disputada contra o Atlético em três emocionantes jogos. Os dois primeiros terminaram empatados e no terceiro o Villa venceu por 1 x 0, no Estádio Independência, gol marcado por Vaduca, tornando-se Supercampeão Mineiro. Além de ser o quinto Campeonato Mineiro do time, a conquista de 1951, cuja partida final aconteceu em janeiro de 1952, impediu que o Atlético se sagrasse tricampeão mineiro, sequência que o alvinegro perseguia desde a sua fundação. A conquista do Brasil Depois de muitas decisões no âmbito de Minas Gerais, além dos títulos de 1932, 33, 34, 35 e 51, o Villa Nova foi vice-campeão mineiro em 1937, 45, 46, 47, 53 e 97, o time partiu para conquistas regionais e nacionais. Em 1968, o Leão foi campeão da Zona Centro do Torneio Centro-Sul promovido pela Confederação Brasileira de futebol, CBD. Em 1974, sagrou-se campeão da Copa Centro, torneio da Federação Mineira de Futebol. Mas, a maior proeza do Villa Nova foi ter sido o primeiro campeão do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão em 1971, competição que equivale hoje à Série B. Note-se que o futebol mineiro venceu as duas primeiras edições do Campeonato Brasileiro com o Villa Nova levando a Primeira Divisão (Série B) e o Atlético ficando com a Divisão Extra (Série A). O Leão do Bonfim enfrentou na Final o Remo de Belém do Pará. Perdeu a primeira partida na capital do Pará e venceu os dois jogos (3 x 0 e 2 x 1) realizados no Estádio Independência, em Belo Horizonte, já que o Estádio Castor Cifuentes não havia sido reformado e não foi liberado pela antiga CBD para a realização de jogos da competição. O detalhe curioso é que na última partida os dois gols do Villa foram marcados pelo lateral esquerdo Mário Lourenço em cobranças de pênaltis. Em outras etapas do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, o Villa Nova eliminou equipes tradicionais do futebol brasileiro como a Ponte Preta, por exemplo. Anos depois da conquista do Campeonato Brasileiro, o Leão acrescentou duas estrelas sobre o distintivo para simbolizar os seus feitos. As estrelas, uma verde e outra amarela, têm as cores da bandeira do Brasil e simbolizam o Campeonato Brasileiro e o tricampeonato mineiro nos anos 1930, respectivamente. Novas conquistas em Minas Gerais Em 1976 e 1987, o Villa Nova conquistou o Torneio Incentivo, promovido pela Federação Mineira de Futebol, FMF. Em 1977, numa decisão memorável contra o América, o Leão do Bonfim ganhou a Taça Minas Gerais jogando no Mineirão e vencendo por 1x0, com o gol marcado por Jurandi, na prorrogação. Em 2006, voltou a repetir a façanha e ganhou a Taça Minas Gerais novamente, vencendo o Uberaba por 3x1 na decisão em Nova Lima. O Villa Nova voltou a brilhar na década de 1990 e sagrou-se Tetracampeão Mineiro do Interior em 1996, 1997, 1998 e 1999. Antes, havia conquistado o Campeonato Mineiro do Módulo II em 1995 (foto). No jogo derradeiro desse certame, o Villa Nova goleou o Araxá em Nova Lima por 4 x 0, partida que marcou a despedida do zagueiro Luizinho dos gramados. Ele foi o autor do quarto gol do Villa nessa partida, cobrando penalidade máxima. Em 1997 e 1998, o Villa foi bicampeão mineiro de juniores. Depois de eliminar o Atlético nas Quartas-de-Final e o Social de Cel. Fabriciano nas Semifinais, o Villa Nova decidiu o Campeonato Mineiro de 1997 contra o Cruzeiro. Venceu em Nova Lima por 2x1 e perdeu no Mineirão por 1x0, tornando-se Vice-Campeão. Nesse jogo, o Mineirão registrou o maior público da sua história: 135 mil espectadores foram ver o Leão do Bonfim brilhar e resgatar sua tradição e glória gestadas em 28 de junho de 1908. Formações Históricas Algumas formações do Villa Nova entraram para história, seja pela beleza do futebol apresentado ou pela conquista de importantes torneios. Abaixo relacionamos alguns times que se tornaram indeléveis na história do futebol mineiro e brasileiro. Time-Base Campeão Mineiro de 1932 Gustavo, Barão e Sérgio; Tico-Tico, Carazo e Geninho; Lacerda, Cícero, Prão, Canhoto e Tonho. Técnico: Zé de Deus. Time-Base Campeão Mineiro de 1933 Geraldão, Sérgio e Chico Preto; Zezé Procópio, Neco e Geninho; Tonho, Alfredo Bernardino, Lêra, Varela e Canhoto. Técnico: Zé de Deus. Time-Base Campeão Mineiro de 1934 Geraldão, Sérgio e Chico Preto; Zezé Procópio, Neco e Geninho; Tonho, Alfredo Bernardino, Perácio, Lêra e Canhoto. Técnico: Zé de Deus. Time-Base Campeão Mineiro de 1935 Geraldão, Sérgio e Chico Preto; Zezé Procópio, Neco e Geninho; Tonho, Alfredo Bernardino, Prão, Perácio e Canhoto. Técnico: Zé de Deus Time-Base Campeão Mineiro de 1951 Arizona, Madeira e Anísio; Vicente, Lito e Tão; Osório, Vaduca, Rodolfo, Foguete e Escurinho. Técnico: Martim Francisco e Prão Time-Base Campeão da Zona Centro do Torneio Centro-Sul de 1968 Eduardo; Dodó, Cicinão, Carlos Martins e João Francisco; Daniel e Piorra; Dias, Paulinho Cai-Cai, Osmar e Jesuíno. Técnico: Léo Coutinho Time-Base Campeão Brasileiro da Primeira Divisão de 1971 Arésio; Cassetete, Zé Borges, Bráulio e Mário Lourenço; Daniel e Piorra; Jésum, Eduardo Perrela, Paulinho Cai-Cai e Dias. Técnico: Martim Francisco Time-Base Campeão da Copa Centro da Federação Mineira de Futebol de 1974 Helinho; Índio, Paulo Roberto (Luciano Vieira), Miro e Guilherme; Toninho Catimba e Carlos Roberto; Tonho, Hamilton Frigideira, Silvinho e Jurandi (Lula). Técnico: Moacir Rodrigues Time-Base Campeão do Torneio Incentivo de 1976 Zé Maurício; Dê, Luciano Vieira, Bosco e Alan; Pirulito, Nini e China (Marquinhos); Ronaldo, Danilo e Zu (Claudinho). Técnico: Martim Francisco e Tenente Djalma Martins de Almeida Time-Base Campeão da Taça Minas Gerais de 1977 Ganga; Dê (Índio), Bosco, Dias e Alan; Pirulito, China e Claudinho; Ronaldo, Dirceu Bilisquete e Tonho (Jurandi). Técnicos: Arizona, Anísio Clemente, Tenente Djalma Martins de Almeida e Martim Francisco Time-Base Campeão do Torneio Incentivo de 1987 Roberto Carlos; Gilmar Oliveira, Isaac, Marcus Vinícius Buru e Jardel; Alex Caloi, Erivelto e Elísio; Zé Carlos, Marcus Vinícius Breu e Paulinho Kiss. Técnico: Dawson Laviola Matos. Time-Base Campeão Mineiro do Módulo II de 1995 Mutolovick; Toninho, Geovane, Luizinho e Vítor; Tonho, Carlinhos, Guiba e Arthurzinho; Róbson e Edmundo. Técnico: Rui Guimarães e Palhinha Time-Base Vice-Campeão Mineiro de 1997 Cláudio; Wilson Mineiro, Cláudio Roberto, Eleomar e Wander; Jean, Alemão, Guiba e Kal Baiano; Milton e Adão. Técnico: Luciano Paschoal e Brandãozinho Time-Base Campeão da Taça Minas Gerais de 2006 Glaysson; Mateus, Eddiê (César), Carciano e Marcel; André, Emerson, Paulo César e Márcio Guerreiro; Jil (Clodoaldo) e Márcio Diogo (Eraldo). Técnico: Francisco Carlos Ferreira da Silva - Pirulito. Fonte www.villanovamg.com.br/historia

Nenhum comentário: