A MULHERADA BRILHOU EM 2009

Carlos Roberto Sodré* O amigo e internauta Marcílio Vieira pediu-me que escrevesse algo sobre o lateral Roberto Carlos. Marcílio, desse jogador gosto mesmo só do seu nome. Mas em 2009 quem deu exemplo de garra e determinação foram as mulheres. A Marta, por exemplo. Marta Vieira da Silva iniciou sua carreira profissional no Santa Cruz-PE, onde conquistou três títulos pernambucanos de futebol feminino e um Campeonato Mundial FIFA. Começou a ser visualizada em Pernambuco como a rainha do futebol brasileiro, apesar de ter inciado tudo no CSA de Alagoas, onde foi Campeã Juvenil Alagoana. Em 1 de agosto de 2009 o Santos anunciou sua contratação, por empréstimo de três meses (até o final de 2009), mas sua apresentação só aconteceu após o término da Liga estadunidense de futebol feminino de 2009. Após o período no Santos, onde disputou a Copa Libertadores Feminina e a Copa do Brasil, ela retornará ao Los Angeles Sol. Em 10 de setembro foi apresentada no clube e sua estreia foi marcada para 16 de setembro em um jogo amistoso contra o Comercial em Campo Grande. O ano que passou também foi marcado por perdas irreparáveis. Minha santa mãezinha, por exemplo, está no céu, ao lado de nosso senhor, com todo o seu poder de liderança. Que falta ela nos faz! Elas brilham e nós, homens, vamos apludir com toda força que nos for capaz. Chico Buarque escreveu e ele canta com brilhantismo e muita propriedade” Mulheres de Atenas”. Como aqui o nosso papo é sobre esporte e principalmente sobre futebol, depois de falar sobre as vitoriosas Martas em 2009, que tal fazermos uma projeção para 2010? O futebol local não muita chance de mudanças. A mentalidade é a mesma, portanto tudo deve permanecer como tem tem sido. Que pena! São tantos centros de treinamentos. Muitos garotos em campo e todos os dias ouvindo as mesmas promessas, de um dia ganhar dinheiro, ficar rico jogando futebol. Como eu quero que essa mensagem chegue aos pais e eles, com conhecimento de causa, possam alertar os seus filhos para a realidade. Vamos transferir um pouco de todo esse entusiasmo dos treinadores, dos donos de centros de treinamentos para as escolas, é a única maneira de assegurar um futuro honesto e digno. Mas, comecemos também um novo ano enaltecendo a figura da mulher e permitindo mais espaços, inclusive no futebol. Sejamos menos machistas e mais cavalheiros. *Carlos Roberto Sodré é Locutor Esportivo