quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

LIGA ESTÁ DE OLHO NO DINHEIRO DO RURAL

Carlos Roberto Sodré* Debruçar sobre as teclas do meu computador para falar de gente decente e que faz um trabalho também decente é acima de tudo prazeroso. Assim eu começo desenhar nos meus pensamentos como é que deverá ser o campeonato rural que vai começar a partir do dia sete de fevereiro. Certa vez o nosso amigo Miguel da Lanchonete Holliday disse, com todas as letras, o seguinte: ”haverá um tempo em que só vai restar no futebol de Ubá o campeonato rural. E com um agravante: vamos ter sempre um futebol cada vez mais inflacionado.” Parece até palavras de um profeta. O que vejo no futebol de nossa Ubá, leia-se área em que é comandada pela LAU, Liga Atlética Ubaense, entidade que dirige os rumos do nosso futebol, ou pelo menos deveria dirigir. O que falta para ter esse comando de verdade? Planejamento. É exatamente isto que falta. Campos abandonados, clubes sem diretorias, alguns quebrados pelos altos gastos que os campeonatos regionais lhes impuseram. Esta é talvez a maior constatação. Meu caro leitor comece a partir de agora a perceber que tem muita gente ligada à imprensa esportiva que não valoriza nem um pouco as divisões de base dos clubes, a não ser quando é para fazer média com algum empresário, ou coisa do gênero. O clube por sua vez valoriza só da boca pra fora, com raras exceções. José Cardoso Neto, Nicolino José de Carvalho e Jorge Luiz Vieira formam o trio que irão comandar mais um ruralzão. Desejo todo sucesso do mundo para eles, afinal as edições anteriores foram só elogios. Haverá seus problemas. No futebol sempre há uma reclamação aqui outra ali. Dezessete equipes deverão movimentar cerca de oitocentos e cinqüenta atletas, levando em consideração que cada equipe deve assinar cinqüenta atletas, sendo vinte e cinco no primeiro quadro e vinte e cinco no segundo. Valentes, corajosos e destemidos. È assim que eu considero que são os dirigentes das respectivas equipes que começam o novo ano com as velhas preocupações: colocar o ônibus na estrada e meter a mão no bolso, sempre. São uns heróis dignos de aplausos. Mas muito mais que aplaudir, temos que ver as dificuldades que esses voluntários enfrentam. São verdadeiros soldados sem farda. Em um exército que tem gente das FARC. O que fazer quando a parte financeira fala mais alto? O presidente da Liga Atlética Ubaense já perguntou quanto é que o campeonato rural vai movimentar para os cofres da entidade. É presidente, quanto é que LAU tem dado em termo de apoio para o futebol rural?! O profeta tem razão. O campeonato rural, disputado na cidade, é o único com sobrevivência garantida, por enquanto!!! *Carlos Roberto Sodré é Locutor Esportivo

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