terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Crimes

Dono da rádio Bezerros FM e do jornal Folha do Agreste, o Radialista José Givonaldo Vieira, de 40 anos, foi assassinado em frente à emissora, nesta segunda-feira (14/12). De acordo com a polícia, a vítima levou cinco tiros, o que caracteriza execução. O Radialista foi levado ao hospital Jesus Pequenino, em Bezerros (PE), mas como o caso era grave, foi transferido para o Hospital Regional de Caruaru. No trajeto, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele chegava em se Golf à sede da rádio localizada na Avenida Major Aprígio da Fonseca, no centro de Bezerros, 100 quilômetros do Recife, quando três homens em um Gol pararam perto dele. Testemunhas contam que o Radialista baixou o vidro do carro para falar com um dos homens quando foi atingido no tórax. Para tentar fugir, saiu do carro e levou mais quatro tiros, sendo um na nuca. Três delegados estão investigando o crime: o diretor-geral de Operações da Polícia Judiciária, Osvaldo Morais, Leidemar Almeida Bezerra, da delegacia de Bezerros, e Érica Bezerra, do Departamento de Proteção a Pessoa. Além das empresas de comunicação, José Givanaldo Vieira era dono da banda Cawboy´s do Nordeste, da Fax Produções, e de uma pousada. Mesmo sendo proprietário da rádio, ele apresentava um dos programas mais populares da cidade, chamado Bezerros Comunidade, onde os ouvintes tinham participação. Outros casos Não é a primeira vez, que um radialista morre dessa forma. Em 1º de julho de 2005, Jota Cândido, 45 anos, foi alvejado com 18 tiros na frente da Rádio Comunitária FM, localizada em Carpina, Zona da Mata Pernambucana, onde trabalhava e era conhecido por fazer denúncias de nepotismo na prefeitura. As investigações apontaram o policial militar e chefe da guarda municipal de Carpina, Luiz André de Carvalho, como mandante do crime. O cabo André, como era conhecido, teria recebido ajuda dos policiais militares Edilson Soares Rodrigues e Tairone César da Silva Pereira, além do motorista Jorge José da Silva. As investigações ainda continuam para saber se há envolvimento de outras pessoas. Os quatro nomes indiciados pela Polícia Civil e denunciados pela promotora Rosângela Furtado Padela, contudo, respondem ao crime em liberdade e serãolevados a júri popular. Outro caso que também chamou a atenção aconteceu em 25 de abril de 2008, também em Carpina. O radialista Dênis Araújo, da Rádio 106 FM, escapou de ser morto a golpes de foice pelo prefeito do município, Manuel Botafogo (PSDB), durante a cobertura de um protesto de sem-teto. Como Botafogo tem fórum privilegiado, responde por tentativa de homicídio em liberdade, mas concorreu à reeleição e ganhou com o dobro de votos do segundo colocado. Teve 20.038 votos.

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