terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ronald Arthur Biggs

Conhecido como 'ladrão do século', Biggs foi libertado por estar doente.
O britânico Ronald Biggs, conhecido como "o ladrão do século" pelo assalto ao trem de Glasgow (Escócia) em 1963, foi levado nesta segunda-feira (17) do hospital de Norfolk, onde estava, para um lar de idosos no norte de Londres. Uma ambulância levou a seu "domicílio final" - segundo qualificou o assessor legal de Biggs - o famoso criminoso, que completou este mês seus 80 anos no hospital onde foi internado em 28 de julho, devido a uma grave pneumonia.
Biggs poderá reivindicar com efeito retroativo desde sua libertação, em 7 de agosto, a pensão básica britânica de 95,25 libras (cerca de R$ 290) por semana.
Ronald Biggs, libertado recentemente por motivos humanitários, segundo seu assessor, Giovanni di Stefano, ainda está "muito doente", pois sofreu três ataques de apoplexia, não consegue andar e é alimentado por uma sonda gástrica.
Di Stefano justificou o fato de que seu cliente vá ser atendido nesse asilo com dinheiro público: "É mais ou menos o que receberia qualquer outra pessoa de meios financeiros limitados", disse. Fonte: www.g1.com.br
Biografia:
Ronald Arthur Biggs nasceu em Lambeth, na Inglaterra, no dia 08 de agosto de 1929. Em 1960 casou-se com Charmian Brent, tendo com ela três filhos (um deles já falecido).
Ficou famoso após assaltar um trem postal em Buckinghamshire, em 1963. Com a ajuda de mais 15 comparsas, roubou 2,6 milhões de libras, sendo detido no ano seguinte, juntamente com a maioria dos envolvidos. Depois de processado e condenado, escapou da penitenciária Her Majesty's Prison Service em Wandsworth, Londres, em 1965, escalando o muro com uma escada feita de cordas. Fugiu para Paris, onde adquiriu um passaporte falso e passou por uma cirurgia plástica. Em 1970, mudou-se para Adelaide, Austrália. Trabalhou na montagem de cenários (antes do crime, Biggs era marceneiro) no Channel 10, até que um repórter o reconheceu. Fugiu para Blackburn North em Melbourne, permanecendo ali por algum tempo antes de viajar para o Brasil no mesmo ano, deixando esposa e filhos para trás. A vida no Brasil Em 1974, foi encontrado pelo jornal Daily Express no Rio de Janeiro. O repórter Colin MacKenzie recebera informações do paradeiro de Biggs, e os detetives da Scotland Yard não tardaram a surgir em seu encalço. No entanto ele não poderia ser extraditado, pois na época não havia compromissos recíprocos ou tratados de extradição firmados entre o Brasil e o Reino Unido. Para completar, a então namorada de Biggs (Raimunda de Castro, dançarina em casas noturnas), estava grávida, (gravidez que resultou no nascimento de Michael Biggs) situação que impedia a expulsão de Biggs, segundo a lei brasileira. Seu status de foragido também não lhe permitia trabalhar legalmente, mas não o impedia de tirar proveito do azar da Scotland Yard. Repentinamente xícaras e camisetas com a estampa de Biggs começaram a surgir em pontos turísticos do Rio. Por alguns dólares, qualquer um poderia almoçar e bater um papo com o charmoso anti-herói.
Em 1981, Biggs foi sequestrado por uma gangue de aventureiros, que o levou até Barbados esperando receber alguma recompensa da polícia britânica. O plano acabou desmascarado, e Biggs fez uso de brechas na lei para ser mandado de volta ao Brasil. Em fevereiro de 2006 o Channel 4 exibiu um documentário apresentando dramatizações da tentativa de repatriação e entrevistas com John Miller, ex-oficial do Exército Britânico que colocou o plano em prática. A gangue foi liderada pelo consultor de segurança Patrick King, que no documentário deixa a entender que o sequestro pode ter sido parte de uma operação secreta do governo.
Ronald Biggs que fugiu para o Brasil em 1970, permaneceu no país até retornar à Inglaterra em 2001.

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