por Ataíde Lemos*
Dia 03 de agosto próximo passado, assisti a uma cena na TV Senado que me deixou profundamente chocado e até mesmo sem reação no primeiro momento, apenas com um sentimento profundo de indignação pelas palavras raivosas, que o ex-Presidente e então Senador Fernando Collor dirigiu ao Senador do Rio Grande do Sul Pedro Simon. Sempre tive respeito a este ex-Presidente, em muitos momentos cheguei a pensar que foram injustos com ele, e que o motivo pelo qual ele foi questionado teria sido insignificante diante da corrupção que ocorre entre os políticos. No entanto, a partir deste episódio ocorrido no Senado caiu a máscara deste homem que demonstrou não ter aprendido nada com tudo o que lhe ocorreu. Continua sendo aquela pessoa arrogante, impetuosa e sem condições nenhuma de exercer uma vida pública seja ela eletiva ou mesmo um cargo público. Certamente sua presença no cenário político se deve ao nome da família. O Senador Pedro Simon como um político de longa experiência; homem que viveu várias situações políticas, desde a era de Getúlio Vargas, da ditadura militar e da redemocratização do Brasil, sendo um político experiente, cumprindo seu papel, pediu a Sarney que ouvisse o apelo das ruas e renunciasse para acalmar os ânimos e assim então reestruturar o Senado. Apelo este que se faz por meio da mídia, pois é importante dizer, que a mídia é a interlocutora dos bastidores e da sociedade. Isto é, a mídia é uma via de mão dupla, sendo assim ela ecoa a opinião pública na sua diversidade. Enfim, o Senador fazendo seu papel de parlamentar acabou sendo bombardeado, humilhado pelo líder do PMDB, o Senador Renan Calheiros. Mas o pior, ocorreu em relação a este tal Senador e ex-Presidente da República e depois do que foi visto na sessão plenária do dia 03/08/2009, a sociedade e o Legislativo fizeram o correto, que foi expulsá-lo do poder. Alguém que não tem respeito com os mais velhos e que não respeita a biografia de um Senador como Pedro Simon, que deveria ser respeitado, ainda que não se concorde com suas posições. Um homem que age com rancor, autoritarismo e que se acha o dono da verdade, enfim, que não aceita ser contestado e se pronuncia com um tom de intimidação, não merece o respeito e nem a confiança de ninguém. Se formos estudar a biografia destes dois políticos certamente a de Simon nem se compara a de Collor de Mello. Simon Senador, Governador, com mais de trinta anos de vida pública com uma lisura ímpar e sem um fato que comprometa sua biografia e Collor um ex-Presidente que foi cassado, banido da vida pública por mais de 8 anos pela justiça. Ainda que ele alegue não ter sido condenado, faltou com o decoro de homem público, isto já é o suficiente para macular sua biografia. Usou de golpe para prejudicar a eleição de Lula quando era seu concorrente, trazendo para a mídia fatos pessoais e mentirosos para impressionar o eleitorado. Enfim, um homem marcado por uma biografia suja. Sua biografia serve apenas para que os jovens e futuros cidadãos não sigam tal exemplo. Finalizando, Collor mostrou quem é de fato e hoje a maioria dos cidadãos tanto os políticos como a sociedade se sentem aliviados por tê-lo deposto da presidência e com a consciência tranqüila, de que fizeram o melhor para o Brasil. Quem sabe o alagoano também faça o mesmo no momento oportuno, tirando-o da vida pública apesar do nome de família que possui. *Ataíde Lemos é Poeta e Escritor
Revisão: Vera Lucia Cardoso
Dia 03 de agosto próximo passado, assisti a uma cena na TV Senado que me deixou profundamente chocado e até mesmo sem reação no primeiro momento, apenas com um sentimento profundo de indignação pelas palavras raivosas, que o ex-Presidente e então Senador Fernando Collor dirigiu ao Senador do Rio Grande do Sul Pedro Simon. Sempre tive respeito a este ex-Presidente, em muitos momentos cheguei a pensar que foram injustos com ele, e que o motivo pelo qual ele foi questionado teria sido insignificante diante da corrupção que ocorre entre os políticos. No entanto, a partir deste episódio ocorrido no Senado caiu a máscara deste homem que demonstrou não ter aprendido nada com tudo o que lhe ocorreu. Continua sendo aquela pessoa arrogante, impetuosa e sem condições nenhuma de exercer uma vida pública seja ela eletiva ou mesmo um cargo público. Certamente sua presença no cenário político se deve ao nome da família. O Senador Pedro Simon como um político de longa experiência; homem que viveu várias situações políticas, desde a era de Getúlio Vargas, da ditadura militar e da redemocratização do Brasil, sendo um político experiente, cumprindo seu papel, pediu a Sarney que ouvisse o apelo das ruas e renunciasse para acalmar os ânimos e assim então reestruturar o Senado. Apelo este que se faz por meio da mídia, pois é importante dizer, que a mídia é a interlocutora dos bastidores e da sociedade. Isto é, a mídia é uma via de mão dupla, sendo assim ela ecoa a opinião pública na sua diversidade. Enfim, o Senador fazendo seu papel de parlamentar acabou sendo bombardeado, humilhado pelo líder do PMDB, o Senador Renan Calheiros. Mas o pior, ocorreu em relação a este tal Senador e ex-Presidente da República e depois do que foi visto na sessão plenária do dia 03/08/2009, a sociedade e o Legislativo fizeram o correto, que foi expulsá-lo do poder. Alguém que não tem respeito com os mais velhos e que não respeita a biografia de um Senador como Pedro Simon, que deveria ser respeitado, ainda que não se concorde com suas posições. Um homem que age com rancor, autoritarismo e que se acha o dono da verdade, enfim, que não aceita ser contestado e se pronuncia com um tom de intimidação, não merece o respeito e nem a confiança de ninguém. Se formos estudar a biografia destes dois políticos certamente a de Simon nem se compara a de Collor de Mello. Simon Senador, Governador, com mais de trinta anos de vida pública com uma lisura ímpar e sem um fato que comprometa sua biografia e Collor um ex-Presidente que foi cassado, banido da vida pública por mais de 8 anos pela justiça. Ainda que ele alegue não ter sido condenado, faltou com o decoro de homem público, isto já é o suficiente para macular sua biografia. Usou de golpe para prejudicar a eleição de Lula quando era seu concorrente, trazendo para a mídia fatos pessoais e mentirosos para impressionar o eleitorado. Enfim, um homem marcado por uma biografia suja. Sua biografia serve apenas para que os jovens e futuros cidadãos não sigam tal exemplo. Finalizando, Collor mostrou quem é de fato e hoje a maioria dos cidadãos tanto os políticos como a sociedade se sentem aliviados por tê-lo deposto da presidência e com a consciência tranqüila, de que fizeram o melhor para o Brasil. Quem sabe o alagoano também faça o mesmo no momento oportuno, tirando-o da vida pública apesar do nome de família que possui. *Ataíde Lemos é Poeta e Escritor
Revisão: Vera Lucia Cardoso
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