sábado, 4 de abril de 2009

FUTUROS CRAQUES DA BOLA ESTÃO EM CAMPO

Carlos Roberto Sodré* Voltar a esse assunto faz-se necessário por que eu continuo preocupado com o futuro desses sonhadores com o Eldorado do futebol. Aqui na nossa micro- região existem muitas pessoas que se dizem incomodadas com o futuro, deles eu acredito. Porque se fosse com os futuros atletas, eles já tinham criado uma fórmula, juntamente com a Liga Atlética Ubaense, ao que parece nunca esteve preocupada com esse assunto, na hora de organizar o campeonato de futebol "profissional", introduzir alguns de nossos atletas nas respectivas equipes. Aqui existe sim uma preocupação, de manter escolinhas, fazer os garotos acreditarem que um dia eles possam chegar a um grande clube de futebol, alguns chegam apontar até a Europa. Os pais fazem um esforço muito grande, além de pagarem religiosamente suas mensalidades, ajudam com o seu dinheirinho suado nas viagens mais distantes. O quê que a gente não faz pelos filhos, mesmo nos momentos de crise? Será que ninguém percebeu ainda que o nosso futebol esteja no fim? Que saudades que tenho do senhor Maurício Singulane. Este sim foi o maior defensor do nosso futebol! Sabe por que eu voltei no assunto? Acompanhe o meu raciocínio: o Esporte Clube Itararé foi campeão regional 11 vezes. Quantos jogares de Tocantins que você conhece que foi titular absoluto? Gilmar Santos, o Carangolinha, e olhe lá. O time titular sempre foi o do América de Belo Horizonte, Bangu, Vila Nova de Nova Lima e por aí vai. Cruzeiro de Guidoval a mesma coisa. Foi campeão em 1990 com o time do Bangu e agora foi bi-campeão com jogadores do Democrata de Governador Valadares. Assim foi o Espartano, Nacional de Visconde do Rio Branco, Esporte de Guiricema. Por força do regulamento todos usaram do mesmo expediente. Toda vez que o dirigente coloca em campo um jogador de futebol de clube profissional para jogar num clube amador, sem a devida autorização do seu clube de origem, além de cometer um crime, fazer uso do patrimônio alheio, esse dirigente comete também uma grande injustiça com seus atletas. Eles chegam aos dezoito, dezenove anos na esperança de poder jogar no time principal. A prata da casa fica sempre na reserva com esperanças pequenas de ser aproveitada. A justificativa é sempre a mesma, "os profissionais estão, física e tecnicamente melhores que vocês, por isso eles vão começar jogando". Há, já ia me esquecendo, tem dirigente indo a falência com esse negócio de time "profissional". *Carlos Roberto Sodré é Locutor Esportivo

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