sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Maurren Maggi leva a medalha de ouro no salto em distância

Brasileira confirma volta por cima com pódio

Maurren Maggi conquista o primeiro ouro individual feminino do Brasil

Bruno Doro

Em Pequim (China)

A consagração olímpica de Maurren Maggi chegou oito anos depois de sair dos Jogos de Sydney-2000 machucada e cinco após o pesadelo de 2003. Na manhã desta sexta-feira (noite em Pequim), a brasileira exorcizou definitivamente seus demônios. Com um salto de 7,04 m logo em sua primeira tentativa, conquistou nos Jogos Olímpicos de Pequim a primeira medalha de ouro feminina do Brasil.

A saltadora superou feito conquistado pela judoca Ketleyn Quadros, que faturou também na China a primeira medalha brasileira individual, com o bronze. Antes de 2008, nenhuma atleta do país havia superado o quarto lugar. A primeira a alcançar este resultado foi Aída dos Santos no salto em altura, em Tóquio-1964. Quarenta anos depois, Natália Falavigna ocupou este posto na categoria acima de 67 kg do taekwondo, após ser derrotada pela venezuelana Adriana Carmona.

Apenas em sua segunda participação olímpica, apesar dos 32 anos, a atleta vai ao pódio pela primeira vez para coroar uma das carreiras mais bem sucedidas e conturbadas do esporte nacional. Até chegar ao atual ciclo olímpico, Maurren Maggi viveu um verdadeiro calvário.

Nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, ela chegou como uma das favoritas ao ouro. Sua marca até então, 7,26 m, de junho de 1999, a colocava no seleto grupo das atletas que passaram dos 7 metros. A marca é tão boa que, desde então, somente três atletas saltaram mais longe em todo o planeta, todas russas: Tatyana Kotova (7,42 m em 2002), Tatyana Lebedeva (7,33 m em 2004) e Irina Simagina (7,27 m em 2004).

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