Jogos com portões fechados: extinção pode ser temporária

No entanto, procurador-geral do órgão defende a volta da punição LANCEPRESS! O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decretou nesta quinta-feira o fim dos jogos com portões fechados, na ocasião em que um clube for punido com a perda do mando de campo. Mas o procurador-geral do órgão Paulo Schmitt defendeu que a pena volte a ser adotada, após uma reformulação prevista para ocorrer no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), ainda este ano. - Nunca se chegou a uma fórmula ideal para punir a perda de mando de campo e invasões - destacou o procurador-geral. - Na reformulação do STJD podemos ter, por exemplo, multa para infrações leves, perde de mando de campo para as médias e portões fechados para os casos mais graves, como aqueles que ocorreram na Bahia, com a morte de torcedores, e a briga de torcedores de Internacional e Grêmio, no Rio Grande do Sul. Apesar de defender a aplicação da pena, Schmitt foi quem solicitou o fim momentâneo da sentença. Para ele, a punição estava em desacordo com o regulamento da Fifa. De acordo com Schmitt, a perda do mando de campo aliada à obrigação de atuar com portões fechadas configurava duas punições ao clubes. - Os clubes precisam entender que esse suposto benefício deve servir para que eles intensificarem a conscientização de torcedores em prol do fim da violência - disse Schmitt. À espera da CBF Com o fim da punição para os clubes atuarem com portões fechados, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá que determinar como a pena deverá ser aplicada. Até o início da noite desta quinta-feira, a entidade não se pronunciou sobre o caso, porque aguardava ser comunicada oficialmente da mudança pelo tribunal. Mas a tendência é a de que os clubes sejam obrigados a jogar fora de sua praça de desporto, respeitando uma distância mínima. Cabe à CBF a decisão porque a liminar concedida pelo presidente do STJD, Rubens Approbato, a pedido de Schmitt, tornou nulos os artigos 52 e 54 do Regulamento Geral de Competições da entidade – que previam a aplicação das penas de multa por atraso no início e reinício das partidas, além da ausência de torcedores nos jogos de clubes punidos com perda de mando de campo.